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‘Cidades inteligentes’ estão atentas a questões territoriais, econômicas e sociais

Referência no mundo quando o assunto é Smart Cities, Barcelona vem promovendo um programa de transformação digital nos municípios da região da Catalunha; tema foi abordado em evento na Academia FIESC de Negócios que lançou o MBI em Smart Cities, do UniSENAI


Florianópolis, 21.11.2022 - Construir uma cidade inteligente passa por diversos aspectos. Na região da Catalunha, na Espanha, um programa vem sendo testado com o objetivo de promover uma transformação digital nos municípios. O assunto foi abordado nesta segunda-feira (21), em evento promovido pela Federação das Indústrias (FIESC) para debater o tema ‘cidades inteligentes’ e lançar o MBI em Smart Cities, uma pós-graduação que passa a ser oferecida pelo UniSENAI. 

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De acordo com Josep Piqué Huerta, presidente-executivo da La Salle Technova de Barcelona, a iniciativa na Catalunha visa dar respostas a todas as dimensões - territorial, econômica, social, e governança. “A ideia é que o programa seja um guia para a transformação digital do mundo local”, explicou. “Um mundo cada vez mais digitalizado e híbrido, 'figital', exige um modelo de transformação digital que detalhe soluções em diversas áreas. A indústria 4.0 também faz parte disso”, exemplificou Piqué Huerta.

Carlos Sakuramoto, gerente de tecnologia e inovação na GM para a América do Sul, afirmou que iniciativas voltadas às cidades inteligentes devem ser impulsionadas. “Conexão é a chave para uma smart city, promovendo a integração das tecnologias, pois sem isso, não há avanços significativos. Ainda que as tecnologias evoluam muito, elas dependem de conexão e de convergência para que possamos ter uma alavancagem exponencial. O mundo precisa disso, ou não conseguiremos oferecer às próximas gerações o que a gente usufrui hoje”, afirmou o executivo.

Saúde 4.0

O oftalmologista Renan Oliveira, um dos criadores do Ágora Health instalado dentro do Agora Tech Park, em Joinville, afirmou que o hub amplifica a iniciativa. “Estamos criando o nosso ecossistema, pois cidades inteligentes, resilientes e conectadas unem atores para resolver desafios. Por meio da Verai, também lançamos uma plataforma online que faz o teste de acuidade visual, envia os resultados para o celular do usuário e já conecta com clínicas da região para agendar a consulta e obter um diagnóstico completo”, conta Renan, demonstrando como a tecnologia pode otimizar os cuidados com a saúde. 

Diego Zagonel detalhou o projeto da Clamed no Ágora Tech Park que consiste em uma farmácia-conceito na qual serão testadas novas formas de atendimento ao consumidor. A célula autônoma para compra de produtos que não precisam passar por farmacêuticos possui um totem de autoatendimento e lockers para recebimento das encomendas. “São três espaços e conceitos sendo testados. O onboarding é feito com tecnologia semelhante à Alexa, ou seja, de inteligência artificial. A loja tem apenas dois funcionários e dá autonomia ao usuário. Estamos implantando um projeto semelhante à telemedicina, no qual o médico tira dúvidas do farmacêutico”, antecipou Diego. 

O presidente da Câmara de Smart Cities da FIESC, Jean Vogel, lembrou que "muitos dos conceitos de cidades inteligentes passam por transformar territórios em plataformas para formar talentos e alavancar negócios. Para que indústrias se desenvolvam é preciso que a cidade esteja cada vez mais desenvolvida".  

Formação inédita passa a ser oferecida pelo UniSENAI

Fabrizio Machado Pereira, diretor de educação e tecnologia da FIESC, destacou a relevância da formação lançada pelo UniSENAI nesta segunda-feira. “Este curso atende a uma premissa adotada pelo SENAI, de oferecer a educação profissional que o mercado deseja e requer, sempre com foco nas tendências e avanços tecnológicos”, afirmou, salientando que o conceito de cidade inteligente conduz a territórios agradáveis e acolhedores. “Isso ganha especial importância diante da estimativa de que, até 2050, uma em cada sete pessoas viverá em área urbana. Teremos 6 bilhões e meio de moradores em cidades, contra 750 milhões em 1950. É um crescimento que afeta a qualidade de vida das pessoas”, frisou.

Com carga horária de 360 horas, a pós-graduação é inédita no país. A especialização visa formar profissionais para gerenciar a elaboração e implantação de projetos para cidades inteligentes; realizar análise de oportunidades e necessidades; e criar estratégias de desenvolvimento e aplicação de tecnologia.

O curso se inicia em março de 2023 e terá nove meses de duração abordando conteúdos como: inovação, desenvolvimento territorial, legislação, as dimensões da cidade inteligente e suas áreas de desenvolvimento (educação, saúde, mobilidade, energia, governança, segurança, sustentabilidade, conectividade, entre outras) tudo disso tendo a tecnologia como um tópico transversal. O MBI conta com um módulo exclusivo para o desenvolvimento de projetos para cidades inteligentes a serem aplicados no mundo real, onde serão abordados tópicos de escrita de projetos e editais, gestão de projetos e capitalização de iniciativas de cidades inteligentes. Durante a especialização, os participantes integrarão ainda missão internacional a Barcelona.


Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

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