FIESC e FIEMG atuam em parceria estratégica para impulsionar a cadeia produtiva de ímãs de terras raras no país

Florianópolis, 11.08.2025 - O Brasil foi escolhido para sediar a edição 2027 do Workshop sobre Terras Raras e os Ímãs Permanentes do Futuro e suas Aplicações (REPM, na sigla em inglês), o mais importante encontro mundial sobre o tema. O evento será realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais, reunindo especialistas de todo o mundo em materiais magnéticos, cadeia de suprimentos e inovação em setores como energia, mobilidade e defesa.

A candidatura brasileira foi apresentada pelas Federações de Indústrias dos Estados de Santa Catarina (FIESC) e de Minas Gerais (FIEMG), além da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A proposta foi aprovada no dia 30 de julho, durante a edição 2025 do REPM, realizada na cidade de Tuksuba, no Japão. Estiveram presentes Luís Gonzaga Trabasso, pesquisador-chefe do Instituto SENAI de Inovação de Joinville; Mauricio Cappra Pauletti, gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI/SC; José Luciano de Assis Pereira (SENAI MG); André Pimenta de Faria (SENAI MG) e o professor da UFSC Paulo Wendhausen.

A escolha do Brasil reforça a relevância nacional na agenda de desenvolvimento da cadeia de suprimentos de ímãs de terras raras, materiais considerados estratégicos para a transição energética e para tecnologias de alto valor agregado.

“Esse é um dos maiores eventos do mundo e reúne especialistas da área de ímãs permanentes de terras raras de diversos países. Ou seja, é atualmente a principal fonte de conhecimento sobre o tema e trazer esse evento para Belo Horizonte representa uma grande oportunidade para o desenvolvimento do setor no Brasil”, destaca José Luciano Pereira, gerente de Inovação e Tecnologia do Instituto de Terras Raras (ITR) da FIEMG.

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Especialistas do SENAI no REPM 2025, realizado em Tuksuba, no Japão. Foto: Arquivo pessoal

Ele também ressaltou que o evento acontece em um momento estratégico para o país, quando está sendo estruturada uma cadeia nacional de produção de ímãs permanentes por meio do projeto MagBras, desenvolvido no ITR, em Lagoa Santa (MG). “O timing é perfeito, pois essa discussão sobre ímãs permanentes de terras raras está em alta, e a FIEMG, por meio do SENAI Minas, conta com o primeiro laboratório-fábrica do hemisfério Sul. Em parceria com a FIESC, estamos desenvolvendo o projeto MagBras”, completou.

Criado em 1974, o REPM é o principal fórum internacional sobre ímãs de terras raras e suas aplicações. A conferência bienal reúne especialistas acadêmicos e industriais para apresentar pesquisas de ponta e promover a colaboração científica e tecnológica. O Brasil já foi anfitrião do workshop em 1996, quando São Paulo sediou o encontro.

“O retorno do REPM ao Brasil, em 2027, representa não só um reconhecimento internacional pelo avanço recente do país, mas também uma oportunidade estratégica para revitalizar e fortalecer nossa comunidade científica. A realização do evento deve impulsionar novas parcerias, inspirar jovens pesquisadores, promover colaborações internacionais e ampliar a visibilidade das pesquisas brasileiras em temas essenciais para a transição energética, mobilidade sustentável e inovação industrial”, completou o coordenador do ITR, André Pimenta.

Para o diretor-regional do SENAI/SC, Fabrízio Pereira, “é uma oportunidade única de conectar o conhecimento gerado nos centros de pesquisa do SENAI e de instituições parceiras com as demandas reais do mercado, acelerando o desenvolvimento de tecnologias estratégicas”. Um exemplo dessa integração entre ciência, indústria e inovação para ampliar a autonomia tecnológica do país é o MagBras, lembra.

Projeto MagBras

As duas federações, FIEMG e FIESC, atuam de forma integrada no projeto MagBras para a implementação da cadeia produtiva de ímãs permanentes, que envolve universidades, centros de pesquisa e empresas dos setores metalmecânico, eletroeletrônico, energético e automotivo. A iniciativa visa ampliar a autonomia tecnológica e industrial do Brasil na produção desses materiais, hoje altamente concentrada em poucos países.

O pesquisador-chefe do Instituto SENAI de Inovação em Joinville, Luís Gonzaga Trabasso, explica que o MagBras é uma iniciativa estratégica para reduzir a dependência externa e garantir que o Brasil tenha domínio completo sobre a produção de ímãs permanentes de terras raras. “Reunimos empresas, centros de pesquisa e universidades em uma rede colaborativa que atua em todos os elos da cadeia produtiva. Esta estrutura permite atender setores estratégicos nacionais tais como energia, mobilidade e defesa, bem como posicionar o país como ator relevante no cenário global desta tecnologia”, afirma.

O projeto é uma iniciativa estratégica do Programa Mover, em chamada do SENAI Departamento Nacional e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP) e é sustentado por uma robusta aliança industrial formada por 38 empresas, startups, centros de inovação, instituições de pesquisa e universidades e fundações de apoio que atuam em diversos elos da cadeia produtiva.

São elas: Aclara, Appia, ArcelorMittal, Bemisa, Borborema Recursos Estratégicos, Eion Mobilidade Sustentável, Greylogix, Integra Laser, Iveco, Lean 4.0, Meteoric, BBX do Brasil, Moderna 3D, MOSAIC, Nanum Nanotecnologia, Resouro, SCHULZ, ST George, Steinert, Stellantis, Strokmatic, Taboca, Tupy, Vale, Viridis, Viridion, Walbert, WEG e ZEN, além de 6 Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) – Institutos SENAI de Inovação em Laser, Manufatura, Processamento Mineral e Materiais Avançados, CETEM, UFSC, IPT – e de 3 Fundações – Apoio à Inovação Tecnológica (FIPT), Apoio à Ciência, Cultura e Projetos Acadêmicos (FACC) e Apoio ao Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (FEESC).

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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