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2017 será o ano para consertar o País, diz Colombo na FIESC

Na reunião de diretoria, governador defendeu um processo de reconstrução do Brasil e disse que é indispensável a realização das reformas previdenciária, política e trabalhista

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Florianópolis, 16.12.2016 – “Entendo que 2017 será o ano de consertar o País e colocar o trem nos trilhos, arrumando o que nos desafia”, afirmou o governador Raimundo Colombo, salientando que é indispensável a realização das reformas política, previdenciária e trabalhista. Ele participou da reunião de diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta sexta-feira (16), em Florianópolis. “É preciso um processo para reconstruir. Quando a crise chega, muitas coisas se desarrumam e se perde o equilíbrio”, disse.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, chamou a atenção para a decisão do governo de não aumentar tributos em Santa Catarina. “Foi um dos poucos Estados em que isso, de fato, não aconteceu. Quero cumprimentá-lo pelas medidas que o senhor tomou no sentido de assegurar o equilíbrio fiscal. É muito importante, no ambiente institucional, termos um governo que controla seus gastos e que disciplina as aplicações. A indústria catarinense está ao seu lado nesse esforço para manter nosso Estado competitivo e equilibrado. Este é um dos fatores principais para manter a indústria em operação, apoiar a expansão e atrair novos investimentos”, declarou.

O governador relatou que quando foi realizado o planejamento da arrecadação de 2016, a previsão era ter um déficit de R$ 1,8 bilhão, mas vai fechar com déficit de R$ 1,7 bilhão. “Não fomos pelo caminho mais fácil de aumentar impostos. Vejo agora as reformas que estão sendo aprovadas no Rio de Janeiro, com aumento de ICMS em energia e combustíveis, e conseguimos fazer essa transformação em Santa Catarina sem repassar para quem pode ajudar na geração de empregos, mantendo o dinamismo da economia. Isso faz de Santa Catarina um Estado diferenciado, embora não somos uma ilha e temos tido dificuldades”, explicou.

Colombo ressaltou que este foi um ano muito difícil tanto no setor público quanto no privado, mas que Santa Catarina venceu etapas importantes, apesar dos desafios que ainda estão por vir. “Na indústria de transformação temos o melhor resultado do Brasil na geração de empregos. Me encanta isso porque protege nossa sociedade. É uma crise dura, difícil. Talvez sob o ponto de vista econômico é a maior da nossa história. São três anos de recessão forte, perdemos 10% do PIB. Isso em qualquer sociedade do mundo é uma calamidade”, disse.

Ele também afirmou que o governo teve um ganho importante com a reforma da previdência estadual. “Ano passado o déficit foi de R$ 3,5 bilhões e esse ano vai ficar em torno de R$ 3 bilhões. Então, há uma economia significativa. Quando a gente disse que não aumentaria impostos e renegociamos a dívida, todo mundo achou que era uma utopia”, disse, referindo-se às negociações da dívida com o governo federal, que geraram uma economia de R$ 800 milhões. “Minha preocupação é com 2017. Como vamos fazer?, indagou. Estamos num momento em que arrumamos ou vai desarrumar tudo. Somos convocados na nossa responsabilidade a agir com bom senso e liderança, que nos permitam reconstruir”, concluiu.

Painel político: durante a reunião, os jornalistas Cláudio Prisco, Moacir Pereira, Roberto Azevedo e Paulo Alceu fizeram um panorama da situação política brasileira, que tem afetado diretamente a economia e agravado a recessão. Os especialistas salientaram que o momento é de profundas incertezas, destacaram o avanço da operação Lava-Jato, o legislativo desacreditado, a fragilização do Supremo Tribunal Federal, além do elevado número de desempregados no País. Para os jornalistas, o ambiente de incertezas dificulta fazer previsões para 2017, contudo, acreditam que será um ano de recomposição. 

Indústria News

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