O Brasil é um dos países mais fechados do mundo, mas o quadro deve se alterar. Os sinais emitidos pelo Governo vão na direção de uma maior abertura comercial, com a redução de tarifas de importações e estímulos às exportações. É um passo necessário, pois a história mostra que os países mais abertos ao comércio internacional se desenvolveram mais. Para que os efeitos desse processo sejam positivos é preciso que as empresas se preparem, tornando-se mais competitivas em suas operações, e que o ambiente de negócios seja favorável ao investimento e à produção. Há muito o que fazer. Um recente estudo da CNI comparou as condições de competitividade da indústria brasileira com a de outros países de características econômicas semelhantes. O Brasil ficou em 17º lugar em um grupo de 18 países, à frente só da Argentina e atrás do México, Peru, Colômbia e África do Sul.
É nesse contexto que a FIESC desenvolve o Programa de Internacionalização da Indústria de Santa Catarina. Ele ajuda indústrias a acessar programas de fomento às exportações, crédito e informações de mercado, dentre outras iniciativas. O foco está principalmente nas empresas de menor porte. Por outro lado, a Federação atua para a melhoria do ambiente institucional, em frentes como a da infraestrutura, dos incentivos à economia e da segurança jurídica. Estes temas estão contemplados na reportagem de capa da revista Indústria e Competitividade, no Dossiê Infraestrutura e na Agenda da Indústria desta edição, além da entrevista com o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Rodrigo Collaço. Já a matéria sobre o setor automotivo chama a atenção para um dos aspectos benéficos da internacionalização: a diversificação dos mercados. A indústria catarinense de autopeças amenizou os efeitos da crise do mercado interno elevando as exportações.
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Santa Catarina é um dos estados mais competitivos do País graças à qualidade de sua indústria e de um ambiente de negócios mais favorável em alguns aspectos, como o incentivo ao empreendedorismo e a carga tributária estadual reduzida para determinados setores. É o que tem feito a indústria do Estado crescer acima da média e estar entre as que mais geraram empregos nos últimos anos, na comparação com os outros estados. Mas não basta ser destaque no cenário nacional. O momento é de buscar emparelhamento com os países mais competitivos, e a indústria pode contar com a FIESC para apoiá-la nesta jornada.
Mario Cezar de Aguiar
Presidente da FIESC
Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, trata da abertura do país e de Santa Catarina para novos mercados; Aguiar também destaca outros assuntos debatidos na edição da Revista Indústria e Competitividade