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Opinião: educação para a indústria avançada, por Glauco José Côrte

Confira artigo do presidente da FIESC publicado nos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina neste final de semana (21 e 22 de abril).

Na base das mudanças provocadas pelas novas tecnologias estão, de um lado, as ameaças ao emprego e, de outro, a promessa de prosperidade. O que de fato vai acontecer dependerá da ação das empresas, dos governos, das sociedades e das pessoas.

A simultaneidade de mudanças demográficas e socioeconômicas com rupturas tecnológicas faz com que o presente e o futuro próximo sejam marcados por inúmeros desafios. Estes impõem às empresas  a necessidade de melhorar  sua compreensão a respeito dos novos cenários e das oportunidades e ameaças daí decorrentes. Estudos projetam que 5,1 milhões de empregos serão perdidos até 2020, enquanto outros 2 milhões serão criados, apoiados especialmente no que as tecnologias disruptivas sinalizarão.

As tendências tecnológicas decorrentes da Quarta Revolução Industrial (Indústria 4.0) alterarão o conteúdo dos  currículos de ensino, dada a crescente  defasagem do conhecimento adquirido e de sua aplicabilidade. Somadas às competências técnicas e de qualificação formal, amplia-se a exigência quanto às aptidões pessoais.

Estima-se que mais de um terço de todas as ocupações exijam, em 2020, a solução de problemas complexos, enquanto as demais requererão, proporcionalmente, menos habilidades físicas. As competências sociais, por outro lado, terão maior demanda em todos os segmentos, já que 82% dos empregos exigirão habilidades cognitivas dos trabalhadores. Além disso, 65% das crianças de que hoje entram nas escolas trabalharão em funções que ainda não existem. São, portanto, transformações sociais que exigem uma urgente revolução no modelo educacional.

Enfrentar os desafios da escassez de talentos e as exigências de novas competências vai impor às empresas a adoção de estratégias inovadoras. Entre as mais evidentes estão a maior exposição das pessoas a funções e responsabilidades em toda a empresa, maior inclusão de mulheres, além de parceria com o setor educacional de forma mais próxima e ativa, especialmente a partir de investimentos na requalificação dos trabalhadores atuais.

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