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Florianópolis, 7.10.2016 – As vendas da indústria catarinense no acumulado do ano até agosto registraram queda de 10,6% em relação ao mesmo período no ano anterior. Dos 16 setores pesquisados no período 15 tiveram retração no faturamento. As exportações do Estado de janeiro a setembro em relação ao mesmo período em 2015 diminuíram 5% para US$ 5,64 bilhões. No mesmo período, as importações retraíram 25% para US$ 7,57 bilhões. As informações foram divulgadas pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta sexta-feira (7).
No acumulado do ano até agosto, entre os segmentos que apresentaram maiores reduções nas vendas estiveram: produtos de metal 28,5%, móveis 24,8%, equipamentos de informática, eletrônicos e óticos 14%, confecções, artigos do vestuário e acessórios 12,3%, máquinas e equipamentos 11% e produtos alimentícios 11,7%. No mesmo período, o setor de bebidas cresceu 3,8%.
De janeiro a agosto a utilização da capacidade instalada das fábricas ficou em 80,6%, valor inferior aos 81,8% em igual período em 2015. Outros indicadores que também se reduziram no período foram as horas trabalhadas na produção (-9,4%) e a massa salarial real (-10,2%), que é a soma dos pagamentos efetuados pelas indústrias aos trabalhadores.
Apesar do resultado negativo no faturamento nos primeiros oito meses do ano, outra pesquisa, a sondagem industrial, sinaliza para os próximos meses crescimento da demanda, das exportações e estabilidade no emprego.
Balança comercial: Em relação às exportações, no acumulado do ano até setembro os principais produtos embarcados foram carne e miudezas (US$ 1 bilhão); soja (US$ 516,8 milhões); carne suína (US$ 368,1 milhões), bombas e compressores de ar (US$ 250,9 milhões), partes para motores de veículos (US$ 240,2 milhões) e motores e geradores elétricos (US$ 235,3 milhões). Os principais destinos dos produtos foram: Estados Unidos (US$ 873,5milhões); China (US$ 738 milhões), Argentina (US$ 340 milhões), Japão (US$ 250,9 milhões) e México (US$ 242 milhões). No campo das importações, entre os principais produtos comprados no exterior estiveram cobre (US$ 366,2 milhões), polímeros de etileno (US$ 302,7 milhões), fios de filamentos sintéticos (US$ 196,2 milhões) e fios de fibras artificiais (US$ 136,3 milhões). Entre os principais países de quem Santa Catarina mais comprou estiveram China (US$ 2,3 bilhões), Argentina (US$ 664,8 milhões), Chile (US$ 584,9 milhões) e Estados Unidos (US$ 567,9 milhões).
Dados nacionais: O faturamento da indústria brasileira caiu 3,9% e as horas trabalhadas na produção recuaram 3,2% em agosto ante julho, segundo dados com ajustes sazonais. A indústria operou, em média, com 77,1% da capacidade instalada em agosto, uma alta de apenas 0,3 ponto percentual em relação a julho. A massa salarial dos trabalhadores do setor continua em queda. Em agosto, o indicador caiu mais 0,6% frente a julho. O rendimento médio recuou 0,3% na mesma comparação. Os dados são das Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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