País vizinho irá integrar grupo que inclui Austrália, Canadá, Chile, Japão e Reino Unido, entre outros; FIESC vê nova ameaça ao futuro do Mercosul

Florianópolis, 21.11.25 – O Ministério das Relações Exteriores do Uruguai anunciou hoje que o país foi aceito como membro do Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP). O grupo, que inclui países como Austrália, Canadá, Chile, Japão e Reino Unido e soma 15% do PIB mundial, prevê a redução de tarifas entre seus integrantes, além de outros benefícios comerciais.

As negociações tiveram início em 2022, em pedido protocolado pelo então presidente Luis Lacalle Pou, de centro-direita, e seguiram sob o comando de Yamandú Orsi, de centro-esquerda, que comanda o país desde março último e deve ratificar a entrada.

O movimento do Uruguai se segue ao anúncio, na última semana, do acordo de livre comércio e investimentos, fechado entre Argentina e Estados Unidos.

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Maria Teresa Bustamante, alerta que, embora a abertura de novos mercados seja louvável, estes movimentos unilaterais dos países do Mercosul minam a integração e colocam em risco a iminente assinatura definitiva do acordo com a União Europeia.

Na última quarta (19), o Conselho da União Europeia aprovou o regulamento que implementa a cláusula de salvaguarda bilateral para produtos agrícolas no Acordo de parceria UE-Mercosul e no acordo comercial provisório. A decisão foi aprovada sem emendas ao texto original.

O regulamento, que busca vencer as resistências de alguns países europeus ao acordo, permite suspender temporariamente preferências tarifárias quando importações do Mercosul causarem prejuízos ou colocarem em risco produtos do setor agrícola da UE.

Neste cenário, a FIESC espera que a próxima reunião de cúpula do Mercosul, marcada para o dia 19 de dezembro em Foz do Iguaçu, delibere pela flexibilização das restrições a acordos bilaterais por parte de seus países membros. Além de preservar as condições para o acordo com a União Europeia, esta mudança permitiria ao Brasil buscar novas parcerias comerciais de forma bilateral.

“É preciso compreender que o novo cenário internacional de negócios exige mais flexibilidade para manter os benefícios da integração e da unificação promovidas pelo Mercosul”, resumiu Bustamante.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação

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