Florianópolis, 21.03.2024 - O diretor de e-Mobility da Weg, Valter Luiz Knihs, e o diretor-geral do SENAI Nacional, Gustavo Leal, são dois dos confirmados para a aula magna da pós-graduação Lato Sensu Masters in Business Innovation (MBI) em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, do UniSENAI, na próxima terça (26). O evento será realizado das 19h às 21 horas, presencialmente, na Academia FIESC de Negócios, e transmitido pelo canal do UniSENAI Digital no Youtube.
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Knihs, que é curador e professor do MBI, fará a palestra central, com o tema “Os desafios e possibilidades com a mobilidade elétrica”. O executivo é sócio-fundador e membro do conselho diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Também integra o Conselho Superior do Sindipeças.
Além de Knihs e Leal, está prevista a participação de Cláudio Sahad (do Sindipeças), Igor Calvet (Anfavea), Mario Cezar de Aguiar (presidente da FIESC) e Fabrizio Machado Pereira (diretor regional do SENAI e reitor do UniSENAI).
Com 90 vagas, o MBI será ministrado de forma 100% EAD, pelo UniSENAI Jaraguá do Sul, com 4 imersões presenciais optativas.
Entrevista
Professor Cláudio Olívio Piotto
coordenador dos Cursos de Pós-Graduação e Extensão do UniSENAI - Campus Jaraguá do Sul
O ano de 2024 será o ano da paridade de preços entre carros elétricos e a combustão no Brasil? Isso já ocorreu em alguns mercados? Além disso, o estilo e funcionalidades dos veículos elétricos podem começar a ditar tendências? Neste caso, seriam os veículos a combustão que começam a se adaptar aos elétricos?
Sim, 2024 nos trará uma grande virada para o mercado de veículos elétricos no Brasil. A vinda de modelos na faixa de valor entre R$ 100 mil a R$ 110 mil traz competitividade e atrai os consumidores brasileiros, mas ainda o valor do veículo elétrico transita entre os de carros a combustão de luxo.
Alguns países, como a Alemanha, pretendem trocar até 2030 toda a frota do país para elétricos. Segundo a ABVE, hoje o mercado chinês corresponde a 57% do comércio mundial de veículos elétricos; a União Europeia vem em segundo lugar, com 22%; Estados Unidos, com 13% e os demais países somam 7%.
A tendência mundial é que até 2050 um terço da frota mundial seja eletrificada. Um estudo da Energy Information Administration (EIA, a agência de planejamento energético dos EUA), a participação de veículos leves elétricos saltará de 0,7% em 2020 para 30% ao final de três décadas.
Há também a alternativa de veículos híbridos, tendência em alguns países.
E um terceiro movimento é a eletrificação de veículos originalmente fabricados para combustão, um processo no qual o veículo é transformado em elétrico, algo ainda embrionário e que tem seu ponto negativo na homologação e documentação.
Um dos Institutos de pesquisa, na vanguarda da eletrificação veicular, é o Instituto SENAI de Tecnologia em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, de Jaraguá do Sul–SC.
Você poderia nos descrever em poucas palavras quais foram os avanços tecnológicos que já tivemos e quais são os desafios tecnológicos imediatos? Continua sendo a bateria? E no restante dos veículos? O que tem mudado e o que deve mudar?
Podemos destacar a sustentabilidade como base no desenvolvimento dos veículos elétricos, que traz consigo alta tecnologia de segurança e produção de veículos inteligentes, autônomos. O grande desafio ainda consiste na autonomia das baterias, algo já melhorado, mas ainda um limitador para viagens longas, de grandes distâncias. O tempo de recarga é outro desafio. Para além disso, o veículo elétrico traz em seu design, formas espaciais com tecnologia embarcada de última geração.
Qual é o perfil do profissional a ser formado pelo MBI em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis?
O SENAI, por meio do Centro Universitário e do Instituto de Tecnologia em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis de Jaraguá do Sul, e a empresa Weg, em 2021 deram início à cocriação do MBI em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis. É um curso ao nível de Pós-Graduação Latu SENSU, que objetiva subsidiar a formação de profissionais para atuarem em negócios, projetos e com equipes que atuam com energias renováveis e mobilidade elétrica. O curso traz professores, pesquisadores com experiência na indústria nacional e internacional.
O MBI em Mobilidade Elétrica está em sua terceira turma, tendo formado anteriormente 82 alunos do Brasil, e atenderá 90 estudantes nessa terceira turma.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - GECOR