Florianópolis, 14.05.25 - Apesar das sinalizações do governo Trump sobre os combustíveis fósseis, a transição energética segue crucial e as empresas precisam seguir investindo nessa agenda, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. A constatação ocorreu em Nova York, onde ele participou de eventos promovidos pelo jornal Financial Times, com a participação da indústria brasileira, nesta terça e quarta-feiras (13 e 14).
“Preço segue sendo um atributo importante, mas os paineis deixaram claro que a questão ambiental é cada vez mais cobrada pelos consumidores. O Brasil tem condições de ser protagonista na economia de baixo carbono, mas precisa vencer desafios”, afirmou Aguiar. “Os velhos problemas do Custo Brasil, como as deficiências de infraestrutura, a carga tributária, a falta de segurança jurídica e a burocracia são obstáculos à atração de investimentos”, acrescentou.
Os especialistas destacaram que o país tem vantagens competitivas em áreas como energias renováveis, além de possuir uma indústria com enorme potencial de agregação de valor. Como exemplo, foi citada a produção do combustível de aviação sustentável (SAF), que será usado pelo setor aéreo global para atingir sua meta de emissão zero de carbono até 2050. “O Brasil tem grandes oportunidades e deve agregar valor às commodities. Não faz sentido exportarmos etanol e importamos SAF”, exemplificou o presidente da FIESC.
Ainda no evento, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu a busca pela complementariedade ao invés do confronto, a agregação de valor às exportações e o uso das vantagens competitivas do país, principalmente voltadas para a economia verde.
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O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, destaca que essa foi a principal mensagem defendida pelos painelistas de eventos em Nova York, promovidos pelo jornal Financial Times, com a participação da indústria brasileira