Florianópolis, 19.9.2023 - Uma equipe de acadêmicos do UniSENAI, Campus de Joinville, ficou entre as três primeiras na classificação geral no primeiro ABII Challenge, promovido pela Associação Brasileira de Internet Industrial. O evento teve provas de drones, robôs móveis autônomos e inteligência artificial. Os cinco times compostos por 13 empresas e 5 universidades dos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, disputaram as provas no Ágora Tech Park, no dia 16 de setembro.
A equipe do UniSENAI contou com a parceria das empresas I3C e Festo. A participação da entidade mobilizou 30 estudantes, seis professores e três coordenadores de curso. O título ficou com estudantes da Universidade de São Paulo (USP) com as empresas Embraer, Dexco, Marelo e Omron. Em segundo lugar ficou a equipe da UFSC, Macnica DHW, e Termica Solutions; na quarta posição, o time da PUCPR, Selettra Automação e Robótica e Pepperl+Fuchs; e em quinto lugar a equipe da Udesc, Pollux Part of Accenture, Totvs e SMC.
Como foram as provas
A primeira prova do ABII Challenge foi a de drones. O desafio envolvia programar os drones autônomos para cumprirem uma missão de voo. Todos os times tinham o mesmo modelo de drone, que foi comprado pela ABII e doado para as universidades desenvolverem projetos. Foram adquiridos drones pequenos para atender as regras de segurança do espaço, com pessoas assistindo. Os drones não eram pilotados, mas realizaram a prova de forma autônoma, lendo códigos que davam instruções sobre o que fazer no percurso. Todos os times tiveram pontuação.
A segunda prova foi a de robôs móveis autônomos. O grande desafio dos times foi programar os robôs, que foram emprestados pelas empresas Pollux Part of Accenture, Omron e Selettra Automação e Robótica, e fazer a prova com vários robôs juntos na arena. Os times receberam um mapa antes da prova. Era necessário que os robôs passassem por portais antes de cumprir o trajeto e só no dia as equipes puderam fazer o reconhecimento final do circuito. A meta era completar o percurso no menor tempo possível, somando as cinco largadas. Foi uma das provas que o público mais vibrou, já que muitas famílias com crianças acompanharam o evento.
A última e decisiva prova do dia foi a de inteligência artificial. O desafio era criar uma inteligência para jogar o jogo de War, um tradicional jogo de tabuleiro criado em 1972, que envolve muita estratégia. As decisões eram tomadas pela inteligência artificial. Cada time sabia o seu objetivo, mas não sabia o objetivo dos concorrentes. Apenas o público teve acesso a todos os objetivos para conseguir entender o que estava acontecendo. O jogo foi exibido num telão e foram duas horas emocionantes de partida. O jogo foi encerrado por tempo, após duas horas, e venceu o time com o maior número de territórios.
Nesta primeira edição do ABII Challenge os times foram compostos por profissionais das empresas associadas da ABII e universidades convidadas (sendo que duas delas fazem parte do ecossistema ABII). Os times estão montados desde meados de maio para que tivessem tempo de mobilizar as pessoas e se prepararem para cumprir as provas do desafio.
Objetivo
Conforme o presidente da ABII, José Rizzo Hahn Filho, o objetivo do evento foi mostrar que no Brasil há profissionais capazes, empresas de ponta e universidades com pesquisadores, professores e estudantes mobilizados pela tecnologia. “O evento foi um sucesso em termos de público, organização e participação dos times. Escolhemos tecnologias cruciais para o desenvolvimento da indústria do país. Precisamos de pessoas cada vez mais capazes para implementar projetos que envolvam drones, AMRs e inteligência artificial”, ressalta Rizzo.
“Queremos que este evento seja realizado anualmente e mobilize cada vez mais empresas e universidades do Brasil. O ABII Challenge é inovador sob vários aspectos e reforça a missão da ABII, de fortalecer e acelerar a indústria 4.0 e a internet industrial das coisas (IIoT) no Brasil. Uma das formas de fazer isso é justamente promovendo e fomentando o trabalho colaborativo de empresas e universidades na solução de desafios tecnológicos”, destaca Rizzo.
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