Florianópolis, 7.11.2023 - Mulheres na tecnologia estão em ascensão e, de acordo com a consultora digital Carolina Strobel, este é o melhor momento para que elas assumam o protagonismo no setor. Strobel abriu as atividades do Programa Internacional de Educação Executiva (PIEE) que a Academia FIESC de Negócios realiza nesta terça e quarta-feira, dias 7 e 8, em parceria com a Nova School of Business and Economics (NOVA SBE), de Lisboa. Esta é a primeira edição exclusiva para mulheres.
“Estamos à beira de uma nova revolução industrial. É aqui que surgem as oportunidades. Não existe momento melhor para se falar sobre tecnologia para mulheres e se posicionar com essa mudança gigante de plataforma. É o momento de ‘hackear’ o sistema”, brinca a consultora, destacando, ainda, que a aceleração de mudanças propicia novos negócios e altera como a sociedade se organiza. “Cada mudança cria uma oportunidade e assim é com a tecnologia. Ondas de inovação provocam mudanças econômicas e, na mais recente onda, temos avanços com inteligência artificial e internet das coisas, robôs e drones. Não existe como parar uma onda de inovação. Ela supre uma necessidade. O segredo é a governança para o bom uso”, acrescenta Strobel, que também é membro dos conselhos da RandonCorp, Softplan e Sinqia.
Consumo de novos produtos
A curva para adoção de novos produtos está cada vez mais rápida e tem tornado diversos negócios em modelos obsoletos e desatualizados, alerta Carolina. “As tecnologias se demonstram cada vez mais democráticas e aceitam novos ‘entrantes’ de forma cada vez mais rápida. É por isso que precisamos de alguém olhando para esse futuro nas empresas, principalmente executivos que repensem oportunidades”, frisa. De acordo com a consultora, isso deve ser contemplado no plano estratégico da empresa. Os três principais benefícios da implementação de tecnologia são o aumento da produtividade, a eficiência de processos e a geração de vantagem competitiva.
Inteligência artificial
Para a consultora digital, quem não usar inteligência artificial vai ficar pra trás, especialmente em empresas com modelos complexos. “Não há transformação digital sem pessoas. O processo exige liderança experiente, capacitação, cultura, ferramentas e comunicação. A inércia intelectual nunca foi tão cara”.
Para a diretora de educação executiva da Nova School of Business and Economics, Marta Pimentel, todos os negócios serão digitais, e as mulheres devem estar atentas às oportunidades. “Mulheres investem menos tempo no desenvolvimento de competências tecnológicas. Para continuarmos relevantes em nossas carreiras, temos de passar por essa formação”, salienta.
Uma pesquisa da Business Standard mostra que as novas gerações estão escolhendo cada vez mais a inovação como carreira e dados do relatório Gender Gap Report, do Fórum Econômico Mundial, apontam que a sociedade levará 131 anos para atingir a equidade de gênero se seguir no ritmo atual. Atualmente, o Brasil ocupa a 57ª posição. Quando se fala em paridade relacionada à participação econômica e oportunidades, são 169 anos.
Sobre o PIEE Ambidestria
Com o tema Ambidestria, presente e futuro: o feminino em suas múltiplas funções, o programa é direcionado a executivas, sucessoras em empresas ou em transição de carreira. Ao longo da imersão, as participantes poderão trocar experiências, aprender na teoria e na prática com especialistas e construir um roadmap para consolidar sua carreira. “Este é um papel importante que a FIESC faz, de disseminar conhecimento para o estado todo, e de fomentar o protagonismo das mulheres”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Além de Marta Pimentel e Carolina Strobel, o programa traz as especialistas Keitiline Viacava, diretora de Educação Corporativa com pós-doutorado em Neurociência Cognitiva pela Georgetown University, Adriana Lima, coach de vida e de carreira, Patrícia Ansarah, psicóloga organizacional, e Lucianna Costa, CFO Brasil na Diageo. Nesta quarta-feira, dia 8, o debate final abordará Comércio Internacional, carreira executiva e mulher na governança, com participação da secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do Ministério do Planejamento, Renata Vargas Amaral, e das especialistas Patrice Gaidzinski e Monika Conrads.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC