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Florianópolis, 23.10.2015 – O senador Ronaldo Caiado afirmou que o Brasil vive um momento preocupante. “Ninguém tem bola de cristal e não dá conta de analisar quando e como as coisas ocorrerão nos próximos meses. O que se pode diagnosticar claramente é que a situação como está é insustentável. A sociedade brasileira vai ter que sinalizar para que lado vai”, afirmou na reunião de diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta sexta-feira (23), em Florianópolis.
“A área econômica colapsou completamente e não tem nenhuma capacidade de interagir com a população e muito menos com a base política no Congresso Nacional. Com isso, não avança nos ajustes fiscais porque o cidadão brasileiro não admite ter que arcar com aquilo que foi responsabilidade de um projeto para se sustentar no poder sem ter responsabilidade com as consequências”, afirmou Caiado, citando a escalada da inflação e os sucessivos aumentos nos combustíveis.
O senador disse que com o desequilíbrio econômico, os empresários estão recorrendo à recuperação judicial. “Nenhum empresário quer ir pra recuperação judicial. É uma mácula na história de vida”, disse.
Para Caiado, antes de qualquer aumento de carga tributária tem que fazer reforma administrativa. Cadê os três mil cargos comissionados que seriam cortados? Qual é a mudança que teve realmente no tamanho do Estado?, indagou o parlamentar, afirmando que foi “muito mais um factoide do que um fato concreto daquilo que a sociedade espera”. “O dinheiro da CPMF nunca foi para a saúde. O problema todo é que precisa de uma gestão enxuta para que a carga tributária possa ser explicável para a sociedade”, completou. O parlamentar disse ainda que relatório recente do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que os gastos do governo federal aumentaram em R$ 356 bilhões em 2014.
O senador defendeu o parlamentarismo e disse que se o Brasil estivesse neste sistema, a situação política estaria tranquila. “O presidencialismo no Brasil não tem mecanismo para poder tirar do poder aquelas pessoas que estão em condições de total incapacidade para governar a nação. No parlamentarismo teríamos resolvido isso há muito tempo”, disse.
Para o deputado Esperidião Amin, o pior de todos os elementos da crise política, moral, ética e econômica pela qual o país passa é o tempo. Até quando vai durar?, perguntou ele, ressaltando que se o país tivesse num sistema parlamentarista o Brasil já teria saído dessa situação, e citou o exemplo da Grécia, em que o primeiro-ministro, Alex Tsipras, no auge da crise renunciou ao cargo para na sequência ser eleito outra vez. “Alguém duvida que o povo quer o Tsipras? Você pode não ser eleitor dele, mas a maioria quis”, disse, salientando que a democracia consiste no sistema de pesos e contra-pesos. “Estamos com a demora diante de nós e com uma aparência de travamento institucional”, concluiu.
Dâmi Cristina Radin
Assessoria de Imprensa da FIESC
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