Florianópolis, 28.9.2020 – Durante o 2° Encontro Sulbrasileiro de Executivos Sindicais, representantes de sindicatos de indústria de Santa Catarina e do Paraná relataram suas experiências com a central de compras e os benefícios dela para a indústria. Nesta edição do evento on-line participaram o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau, Pomerode e Gaspar (SIMMMEB), a Cooperativa da Construção Civil do Estado de Santa Catarina (Coopercon-SC), o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Metalmecânicas e do Material Elétrico de Lages (SIMMMEL) e o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria dos Campos Gerais (Sindipan Campos Gerais), sediado em Ponta Grossa, no Paraná. O evento, realizado nesta segunda-feira, dia 28, foi uma iniciativa conjunta da FIESC, FIEP e FIERGS, foi organizado pelas áreas de desenvolvimento associativo das entidades, e contou com cerca de 150 representante de sindicatos empresariais dos três estados.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que os presidentes das federações de indústria do sul estão em contato permanente. “Temos características semelhantes e é importante esse compartilhamento. Queremos enaltecer essa iniciativa de unir os sindicatos para trocar as boas experiências. Essa é a finalidade principal. Certamente há ganho para todos e é uma ação que deve continuar”, afirmou.
“Temos feito ações coordenadas entre as três federações do sul e conversado constantemente, alinhando projetos e posições. A indústria é a base e a representação legal do setor em determinada região é o sindicato, que por sua vez é associado à federação e assim por diante. Precisamos cada vez mais dessa união”, disse o presidente da FIEP, Carlos Valter Martins Pedro.
SIMMMEB, de Blumenau: a central de compras do sindicato está em operação há um ano, tem 3,5 mil itens cadastrados, 85 empresas participantes e já fechou R$ 3 milhões em negociações. Entre os produtos negociados estão os de higiene e limpeza, papelaria, embalagens, uniformes, equipamentos de segurança, gás industrial e lubrificantes. Aço e alumínio são itens que a entidade começou a trabalhar há um mês. O presidente do SIMMMEB, Dieter Claus Pfuetzenreiter, relatou que o projeto da central nasceu por sugestão de uma empresa associada. “É muito importante escutar a indústria. Conhecemos três modelos distintos e baseados neles construímos a nossa central de compras”, explicou.
Coopercon-SC: Existe há três anos e tem mais de R$ 30 milhões em negócios concretizados. Um dos diferenciais da cooperativa é a certificação no Inmetro para importação de aço. A Coopercon foi criada no Sinduscon de Tubarão como uma central de compras e posteriormente foi transformada em cooperativa. “Hoje está caminhando muito bem”, disse o presidente do Sinduscon de Tubarão, José Sylvio Ghisi, salientando que também são negociados outros insumos, como cimento.
SIMMMEL, de Lages: a central de compras do sindicato de Lages foi criada há sete meses baseada na experiência do SIMMMEB, de Blumenau. O presidente do SIMMMEL, Everaldo Wiggers, ressaltou que a central de negócios tem foco na competitividade para a indústria associada. “Buscamos a redução dos custos”, declarou, lembrando que no momento a central negocia compras de materiais como de limpeza e escritório. “Estamos num processo embrionário ainda. Lançamos no começo de 20202 e esse ano é bem atípico”, disse, lembrando que o sindicato está sempre em busca de novos fornecedores e produtos para ampliar a oferta aos associados. Hoje 39 empresas fazem compras pela central.
Sindipan Campos Gerais, de Ponta Grossa, no Paraná: a central de compras do sindicato existe desde 1999, mas está passando por um processo de reformulação, explicou a representante da entidade, Priscilla Garbelini. Hoje 15 panificadoras filiadas participam da central, que compra insumos comuns usados na produção das panificadoras, como ovos, óleo, carne, açúcar, embalagens, chocolate, queijo, presunto e manteiga. A farinha é talvez o produto principal do setor, mas a central auxilia fazendo a cotação de preços porque há diversas categorias deste insumo e cada empresa escolhe o tipo de farinha que melhor atende o seu negócio.
Entidades destacaram o diferencial que as compras coletivas oferecem para as indústrias associadas. Tema foi abordado nesta segunda-feira, dia 28, no 2° Encontro Sulbrasileiro de Executivos sindicais, promovido pela FIESC, FIEP e FIERGS