Empresas que investem na criação de novos produtos e tecnologias podem ser beneficiadas ao se aproximarem do setor de defesa. E, diferente do que muitos pensam, as oportunidades não estão restritas às soluções disruptivas. "As Forças Armadas precisam de volume e variedade de produtos. Há, claro, necessidade de itens com alta tecnologia, dominada por um número reduzido de empresas. Mas as demandas incluem também produtos de base tecnológica convencional e outros, de tecnologia dominada ", diz o Diretor de Inovação e Competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates.
A inovação faz muita diferença - independente do segmento industrial. Têxteis e calçadistas, por exemplo, ganham espaço ao produzir itens “inteligentes”, como uniformes térmicos e botas de couro especiais para o terreno desértico Já para a indústria de alimentos, a demanda a atender inclui desde itens tradicionais até opções que garantam grande concentração de energia e atendam a necessidade nutricional dos indivíduos sem ocupar muito espaço em caminhões e mochilas.
“De imediato, temos espaço para avançar no atendimento às necessidades das Forças por produtos de tecnologia já dominada”, diz Fiates. Para que isso ocorra é preciso aproximar o setor produtivo da Defesa. A SC Expo Defense, que ocorre em Florianópolis nos dias 19 e 20 de maio é um esforço nessa direção.
Antes de mais nada, acrescenta, a sociedade deve entender a importância essencial do setor de defesa. “Muitos associam de forma equivocada as Forças apenas à guerra – ao ataque. Mas há uma atuação essencial também na defesa do território, das águas, no monitoramento de florestas, entre outras atividades”.
Em paralelo, é preciso ver o setor como vetor de desenvolvimento tecnológico, o que ocorre em diversas partes do mundo. “Quando apresentado a empresas e instituições de pesquisa, o roadmap de necessidades das Forças pode servir de estímulo para pesquisas que beneficiam toda a sociedade. A tecnologia do radar de alta precisão desenvolvido para a aeronáutica, por exemplo, pode ser utilizada também no combate ao tráfico de drogas e monitoramento de queimadas”.
Com informações da AllPress Comunicação