Florianópolis, 16.9.2020 – O aumento do preço em matérias-primas utilizadas na produção do setor de panificação, principalmente a farinha de trigo, foi debatido em reunião virtual da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Panificação e Confeitaria da FIESC, nesta quarta-feira, dia 16. O presidente da Câmara, Ramiro Cardoso, destacou os desafios enfrentados pelo segmento por conta da pandemia, que afetou as vendas nos estabelecimentos, e chamou a atenção para a alta no preço dos insumos. “O mercado está muito diferente e a preocupação é grande porque não se sabe o que vai ser daqui a 15 ou 30 dias. Está difícil fazer previsão. Então quem não tem capital de giro para comprar e estocar matérias-primas, que estão aumentando até 50% em alguns casos, vai ter muita dificuldade”, afirmou.
No encontro, o gerente de vendas da M.Dias Branco, Arthur Benevides, explicou que a alta no dólar é a principal responsável pelo aumento do preço do trigo. A empresa é a maior moedora de trigo do Brasil e responde por 35% do mercado nacional de massas e biscoitos. “Há uma pressão muito grande de custos que nós como indústria também estamos sofrendo muito, pela alta do dólar e a sua volatilidade. Então, realmente, é uma conta que não fecha”, disse, lembrando que boa parte do trigo usado no país é importado da Argentina. “E todo esse trigo é dolarizado”, completou.
Em reunião virtual da câmara setorial da FIESC, empreendedores destacaram que alguns insumos usados na produção chegaram a aumentar 50%, como é o caso do trigo