Florianópolis, 16.11.2023 - O presidente do conselho jurídico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Fernando Guedes, fez nesta quinta-feira (16) um panorama das mudanças que serão sentidas na economia com a reforma tributária e abordou alguns impactos específicos no setor da construção. Sua apresentação foi realizada em reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).
Para Guedes, a Reforma Tributária traz, por princípio, um grande ganho com a simplificação do sistema, onde um único regramento substitui 27 legislações estaduais. Ele destacou também a não cumulatividade plena de tributos como vantagem do novo sistema.
O especialista confirmou que, nominalmente, o setor vai pagar mais impostos, mas ressaltou que, na prática, isso pode ser compensado pela não cumulatividade. Ou seja, as empresas poderão obter mais facilmente créditos tributários de seus insumos, o que evitaria a elevação da carga tributária final.
Outro efeito esperado, aponta Guedes, é uma maior industrialização da atividade, que teria reduzidos os custos para compra de estruturas metálicas já prontas.
Ele alertou, no entanto, que é preciso atenção do setor com as leis complementares, que serão elaboradas após a promulgação da reforma e podem mudar o cenário.
Na reunião, foi lançado também o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), da Coopercon. Elaborado em conjunto com a Ouro Preto Investimentos, o fundo poderá ser acessado pelos cooperados tanto para investir quanto para tomar crédito.
José Silvio Ghisi, presidente da Coopercon/SC, destacou que o crédito poderá também ser utilizado para a compra de aço em 36 vezes.
O encontro contou ainda com apresentação sobre o cenário econômico, feita por Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.