Florianópolis, 26.9.2019 - As tecnologias voltadas para a área da saúde foram debatidas em seminário promovido pelas Câmaras da Indústria da Saúde e de Comércio Exterior da FIESC, nesta quinta-feira (26), em Florianópolis. “O setor de saúde tem grande potencial. O Brasil é o oitavo maior mercado do mundo para o setor farmacêutico”, afirmou o diretor do Swiss Business Hub Brazil, Philippe Praz, lembrando que a Suíça é um local atrativo para realizar pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologia médica. Além disso, ele informou que os processos de registro para proteger a propriedade intelectual são simples e eficientes.
A Swiss Business Hub é um escritório do governo suíço que auxilia empresas suíças que querem fazer negócios com o Brasil e também as brasileiras que buscam comércio na Europa. Praz explicou que mais de um terço das exportações suíças vêm do setor farmacêutico e um terço dos investimentos em P&D, realizados na Suíça em 2017, tiveram como origem o segmento farmacêutico (USD 7 bilhões).
“É um setor importante, gerador de riqueza e futuro. A saúde é o maior tema da atualidade, tanto em preocupação com o envelhecimento populacional, por exemplo, quanto do ponto de vista das oportunidades. Temos um mercado pujante de 200 milhões de consumidores”, disse o presidente da Câmara da Saúde da FIESC, Luiz Gonzaga Coelho.
Ainda no encontro, a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação, Maria Teresa Bustamante, destacou a importância do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco integrado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. “Amplia o estreitamento das relações bilaterais”, disse.
No encontro, o embaixador da Suíça no Brasil, Andrea Semadeni, disse que o acordo vai facilitar muito o comércio. Neste momento, está em fase de avaliação jurídica e há previsão de ser assinado até o final de janeiro de 2020. Ele salientou que a relação entre Suíça e Brasil tem cerca de 200 anos de história. “No ano passado, o volume de trocas foi de 17 bilhões de reais. É bom, mas é pouco e dá para fazer bem mais, aumentar o tipo de produto que a gente troca”, afirmou, lembrando que as maiores empresas suíças estão presentes no país.