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Reunião on-line foi realizada nesta segunda-feira, dia 24 (foto: Filipe Scotti)
Florianópolis, 24.8.2020 – O Brasil e o Chile devem aumentar o intercâmbio comercial com o acordo de livre comércio firmado entre os dois países. A medida abre oportunidades para empresas catarinenses. O assunto foi debatido em reunião virtual, nesta segunda-feira, dia 24, entre o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, e o embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt. No dia 11 de agosto, o parlamento chileno ratificou o acordo de livre comércio Brasil-Chile, mas do lado brasileiro, o acordo ainda tramita na Câmara dos Deputados.
Aguiar informou ao embaixador que a FIESC manifestou pedido de apoio aos parlamentares federais catarinenses para dar celeridade à aprovação do acordo. “Para o Brasil, é fundamental. O acesso que teremos a outros países via Chile é extremamente importante e competitivo para nossa indústria”, disse. Ele também salientou que Santa Catarina tem forte participação na economia nacional. “Somos o sexto PIB do Brasil, embora sejamos um estado pequeno, ressaltou, destacando as semelhanças entre o estado e o país vizinho.
O presidente da FIESC destacou ainda que praticamente 60% do cátodo de cobre que vem do Chile entra por Santa Catarina. “Somos uma porta de entrada para os produtos chilenos por conta da nossa importante rede de portos”, completou.
O embaixador disse que o acordo é um passo decisivo para pensar em novos negócios. “São 23 capítulos e vários deles apontam para uma dinamização do relacionamento econômico no mundo pós-pandemia. Devemos nos preparar para isso já”, afirmou, lembrando que o Chile tem a maior rede de acordos de livre comércio no mundo - são 27. “E esse acordo com o Brasil tem um capítulo dedicado a cadeias globais de valor, que podem ser muito eficientes para a internacionalização da empresa catarinense”, concluiu.
Números: Em 2019, Santa Catarina exportou US$ 311,5 milhões para o Chile. O valor é 11,9% superior ao registrado no mesmo período em 2018. Entre os principais produtos da pauta destacam-se carnes de frango e suína, motores elétricos e carrocerias para veículos. No período, o estado importou do Chile US$ cerca de 1 bilhão. Entre os principais produtos destacam-se cátodos de cobre, salmão e sulfeto de minério de cobre.
