Florianópolis, 17.6.2015 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) sediou seminário com uma delegação de representantes do governo Holandês, nesta quarta-feira (17), em Florianópolis. No evento, o presidente da entidade, Glauco José Côrte, afirmou que há espaço para aumentar o comércio entre Santa Catarina e a Holanda e defendeu a ampliação de alianças internacionais. “O cenário econômico atual está exigindo das empresas profundas mudanças, por isso, num cenário cada vez mais competitivo, é importante o aprimoramento, a inovação e o fortalecimento das relações. Este cenário leva a necessidade de inovações contínuas e uma das formas de fazer isso é por meio de alianças internacionais e de parcerias que as empresas e os países estão buscando cada vez mais”, afirmou.
Para o presidente da FIESC, as alianças vão ganhando relevância, permitindo a complementariedade entre empresas e países, com trocas de recursos, capacidades e competências. “Essa aproximação passa a ser uma iniciativa de ordem estratégica que as empresas devem perseguir. É nessa perspectiva que colocamos a aliança Brasil e Alemanha e a aliança entre Santa Catarina e Holanda”, disse. Aos holandeses, Côrte destacou o esforço da FIESC e do governo catarinense para a atração de novas empresas e para fortalecer as parcerias já estabelecidas, lembrando que a Holanda participa da Bienal Brasileira de Design com uma mostra de objetos históricos, no Palácio Cruz e Souza, em Florianópolis.
No campo comercial, o Brasil tem na Holanda o seu quarto maior parceiro em termos de exportação (US$ 14 bilhões em 2014), mas há espaço para ampliar a balança comercial. “A indústria catarinense confia que o seminário vai contribuir para uma aproximação cada vez maior”, disse Côrte. No ano passado, Santa Catarina exportou US$ 405 milhões para a Holanda, valor 22,5% menor que em 2013. Os principais produtos embarcados foram carne e tabaco. As importações do Estado vindas do país europeu totalizaram US$ 95,6 milhões no período. Santa Catarina comprou batata, preparações para alimentação de crianças e queijo.
O ministro da embaixada dos Países Baixos em Brasília, Paul Zwetsloot, concordou que há muitas oportunidades, ressaltando que existem setores prioritários, como agricultura, horticultura, energia, água, indústria criativa, logística, saúde e novos materiais. Ele disse que o PIB do país, oitavo maior exportador do mundo, somou US$ 866 bilhões em 2014. A Holanda é o terceiro maior investidor externo no Brasil. Paul salientou ainda a importância da educação e disse que todas as escolas são do Estado, acessível para todos, com ensino de alta qualidade.
Ainda durante o seminário foi realizada apresentação sobre o setor logístico holandês, composto por 15 portos marítimos. Só o porto de Roterdã recebe em média 34 mil navios por ano e investe anualmente entre 200 e 300 milhões de euros. A Holanda é considerada a porta de entrada de produtos para a Europa, e alcança 500 milhões de consumidores.
Dâmi Cristina Radin
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