Florianópolis, 27.5.2021 - Seja no Sindicato das Indústrias do Vestuário de Criciúma, que ajudou a fundar e presidiu durante uma década, na Cooperativa de Crédito Mútuo dos Confeccionistas do Vestuário da Região Sul Catarinense (Sicred) ou na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC) – outras duas entidades que comandou – Santos Longaretti, que faleceu na noite desta quarta (26), aos 88 anos, sempre defendeu que a união fortalece o setor produtivo. “Ele nos deixa um legado de defesa do associativismo como forma ampliar as oportunidades das empresas”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, ao lamentar o passamento. Em 2010, Longaretti recebeu a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, principal homenagem da indústria catarinense, concedida pela FIESC.
Empresário do ramo de confecções, Longaretti fundou em Criciúma as empresas Calças Calcutá, Calcutá Tecidos e Loja Di Santi. Como líder empresarial teve atuação destacada e ocupou diversos cargos na ACIC desde a década de 1960. Além de presidente, foi vice-presidente e tesoureiro, até tornar-se membro vitalício do Conselho Superior. Em sua gestão foi inaugurado o Centro Empresarial. Também integrou o Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Araranguá, foi conselheiro da Fucri, atual Unesc, e do Criciúma Esporte Clube. Em Criciúma, recebeu o título de Cidadão Honorário.
Em 1982 e 1983, ele teve participação ativa no processo de ampliação da presença do SENAI na região. Em entrevistas posteriores, o empresário destacava que um fato importante foi a implantação do primeiro curso de aprendizagem industrial em costura. “O setor da moda teve um grande desenvolvimento em Criciúma e Longaretti deu uma grande contribuição a essa história. Ele tinha um olhar permanente para o desenvolvimento econômico e social da comunidade”, observa Aguiar.
O vice-presidente regional Sul da FIESC, Diomício Vidal, também lamentou a morte do amigo e companheiro. "Atuar ao lado de Santos Longaretti, em inúmeras atividades e visitas que fizemos, foi um aprendizado e uma satisfação. Foi uma pessoa que sempre transmitiu o espírito de perseverança, um otimismo e uma inteligência inigualável. Amigo querido, descanse em paz. Seu brilho agora iluminará outro lugar”, disse.
Natural de Morro Grande, então pertencente ao município de Araranguá, Longaretti chegou em Criciúma em 1959. Casou-se aos 21 anos com Maria Aparecida Manique Barreto, com quem teve dois filhos e duas filhas – todos com atuação nas empresas da família. Seu envolvimento com o setor de moda e vestuário começou quando passou a atuar nas empresas dos irmãos de sua esposa. Duas décadas depois, já nos anos de 1980, a família resolveu dividir as empresas.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina