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Florianópolis, 7.7.2021 - Novo estudo da Federação das Indústrias (FIESC) analisou a situação de 1.265 km de rodovias estaduais nas regiões Oeste, Extremo-Oeste e Contestado. No Oeste e Extremo-Oeste foram avaliadas as SCs 155, 480, 305, 160, 161, 163, 386, 283 e 154. No Contestado foram analisadas as SCs 350, 135, 150, 355, 465, 464, 452 e 120. O estudo mostra que em muitos trechos a qualidade da manutenção e as intervenções paliativas, como as operações tapa-buracos, já não atendem às necessidades de preservação das estradas. Elas precisam de investimentos mais robustos - especialmente nas restaurações de pavimento e a realização de obras de artes especiais. O trabalho foi apresentado em reunião virtual conjunta da Câmara de Transporte e Logística da FIESC e do Conselho Estratégico de Infraestrutura de Transporte, nesta quarta-feira, dia 7.
"É uma radiografia da situação precária das rodovias estaduais, que são um patrimônio de Santa Catarina, mas precisamos de planejamento e recursos para manutenção sob pena de perdermos esse investimento todo já feito", disse o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. Ele informou que cumpriu agenda nas regiões Oeste e Meio-Oeste na semana que passou e que a melhoria na infraestrutura é o principal pleito destas regiões. “São regiões com grande pujança econômica, mas as condições da infraestrutura são um desafio. É bastante oportuno apresentarmos hoje essa análise das rodovias estaduais, mas há problemas conhecidos de todos também em BRs como a 282, 163 e 158. Enfim, as rodovias que cortam essas regiões têm problemas com a qualidade do pavimento e com o excesso de tráfego”, afirmou.
O secretário-executivo da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, que apresentou os resultados do estudo, destacou que a situação das rodovias prejudica a competitividade das empresas instaladas nas regiões analisadas. “Selecionamos as rodovias estratégicas ligadas à produção e à conexão com os principais corredores rodoviários e com os principais mercados”, disse.
O estudo, realizado pelo engenheiro Ricardo Saporiti, mostra que há trechos com pavimento trincado, desagregado, pista com afundamento e recalque, buracos, deslocamento de microrrevestimento no asfalto, entre outros problemas. Há muitos segmentos que precisam de reforço de base, fresagem da capa asfáltica, microrrevestimento, recuperação de obras de artes especiais (como pontes, por exemplo) e melhora na sinalização. O estudo traz um recorte dos trechos em que a situação é mais crítica e demanda uma ação urgente. Confira abaixo:
SC- 283: Segmentos Concórdia/ Arabutã/ Seara/ Arvoredo/ Chapecó
SC- 283: Segmento Águas da Prata/ Palmitos/ Caibi/ Riqueza
SC- 305: Segmento Campo- Erê/ São Lourenço do Oeste
SC- 155: Segmento Xavantina/ Seara
SC- 155: Segmento de Abelardo Luz/ Divisa com o PR
SC- 480: Segmento do Contorno de Xanxerê e até Bom Jesus
SC- 161: Segmento de Anchieta/ Palma Sola/ Divisa PR
SC- 160: Segmento Bom Jesus do Oeste/ Serra Alta/ Modelo/ BR-282
SC- 163: Segmento Descanso/ Iporã do Oeste (necessitando 3ª faixa)
SC- 452: Segmento Monte Carlo/ Liberata
SC- 120: Segmento Lebon Régis/ Marombas/ Curitibanos
SC- 350: Segmentos Santa Cecília/ Lebon Régis e Caçador/ Taquara Verde/ BR-153/SC
SC- 135: Segmento São Miguel da Serra/ Matos Costa/ Calmon/ Caçador
SC- 465: Segmento Macieira/ Rodovia SC-350 (Taquara Verde)
SC- 150: Segmento Herciliópolis (BR-153) / Água Doce
O secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, explicou que há o Programa Novos Rumos, do governo, que está em andamento e prevê a execução de obras em muitos trechos. No entanto, ele salientou que há diversas rodovias que têm 30 anos de pavimentação e que para melhorar precisam de restauração completa, medida que precisa de projeto. “É um fato que obras de engenharia têm etapas a serem vencidas”, disse ele, ressaltando que o governo tem planejamento na área e está realizando obras.
Manutenção: O estudo da FIESC destaca ainda que é necessário investir cerca de R$ 210 milhões por ano para manter a malha estadual. Esse valor representa 1% do patrimônio rodoviário catarinense, avaliado em R$ 21 bilhões. Santa Catarina tem cerca de 6 mil km de rodovias estaduais. Em meados de junho, o governo catarinense informou que investiu R$ 93 milhões na recuperação e restauração de rodovias estaduais, desde o início da atual gestão. O valor é de aproximadamente R$ 37,2 milhões por ano, muito aquém do ideal recomendado.
Estudos realizados pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR) e pelo DNIT apontam que o mau estado de conservação da rede viária resulta em até 58% de acréscimo do consumo de combustível, 40% de aumento no custo operacional dos veículos (como pneus e parte mecânica), 50% na elevação do índice de acidentes e 100% de acréscimo no tempo de viagem. Publicações técnicas internacionais apontam que para cada US$ 1 não aplicado em manutenção corretiva e conservação da rodovia, são necessárias a aplicação de US$ 3 a US$ 4 na restauração.
Contorno de Florianópolis: Ainda na reunião, o engenheiro da Arteris, Marcelo Módolo, apresentou detalhes do andamento das obras do Contorno Viário de Florianópolis, que hoje tem 2,8 mil profissionais trabalhando. Segundo ele, o compromisso é finalizar o Contorno até o final de 2023. O diretor de operações da Arteris, Antonio Cesar Sass, apresentou outras obras que estão em andamento no trecho norte da BR-101, como a execução da terceira-faixa em Palhoça, com previsão de entrega para meados de setembro, e a ponte norte sobre o rio Balneário Camboriú, entregue no final de junho. Agora estão em andamento as obras de construção da ponte sobre o rio Camboriú Sul (marginal sul), previstas para terminar em julho de 2022.