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Rentabilidade e geração de valor são essenciais para economia circular

Institutos SENAI oferecem serviços e consultorias para que a indústria catarinense amplie sua inserção nesta agenda, crucial para a sustentabilidade do planeta

Florianópolis, 27.01.2023 – Os Institutos SENAI de Tecnologia e de Inovação localizados em Santa Catarina possuem um portfólio de duas dezenas de serviços que fortalecem a inserção da indústria catarinense na agenda da economia circular, tendência e necessidade global. Os serviços oferecidos permitem a rentabilização dos negócios, fator considerado essencial para viabilizar as iniciativas. “Se não mudarmos a forma de produção e consumo, até 2050 vamos precisar de um planeta Terra e meio para manter o atual nível de uso de recursos”, disse o gerente de Serviços Tecnológicos dos Institutos SENAI de Tecnologia, Alceri Antonio Schlotefeldt, em palestra à diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta sexta (27).

🔹 Clique para ver a cobertura fotográfica da reunião

Alceri comparou o volume de extração de recursos naturais de 2021 com o de 1970. Há 53 anos, com 3,7 bilhões de habitantes, eram extraídos 27 bilhões de toneladas de recursos (ou seja, 7,3 toneladas por habitante). Em 2021, com 7,8 bilhões de habitantes, o volume de extração anual de recursos chega a 100 bilhões de toneladas, o que corresponde a 12,8 toneladas por habitante.

Desafios

Ao lado de agregação de valor ao produto, a projeção de produtos sem resíduos e a adoção de tecnologia em todo o ciclo de vida dos produtos (da produção ao consumo), a rentabilização dos negócios é um dos principais desafios do setor privado para viabilizar a economia circular. Além disso, Alceri entende que a ampliação da conscientização das pessoas em todas as esferas e a adoção de políticas públicas de apoio são elementos fundamentais para o avanço da economia circular. 

Alceri citou pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) segundo a qual, 76% das indústrias adotam práticas relacionadas à economia circular. Entre as práticas citadas, estão redução de custos (75,9%), geração de empregos (60%), aumento da eficiência operacional  (47,3%) e oportunidade de gerar novos negócios (22,6%). “Curiosamente, mesmo adotando práticas alinhadas à economia circular, 70% delas nunca tinham ouvido falar no termo antes de participar do levantamento”, comenta Schlotefeldt. A pesquisa aponta alguns obstáculos ao avanço da agenda, como uma elevada associação do termo apenas à reciclagem; baixo percentual de empresas que tenham a economia circular no centro de sua estratégia, além da percepção de que as práticas têm custos elevados e da carência de políticas públicas de incentivo.

Incentivo tributário

O presidente do comitê de logística reversa da FIESC, Albano Schmidt, concorda que a rentabilidade é fator determinante para a economia circular. “Para que um processo desses seja perene, como desejamos, ele precisa ser economicamente sustentável”, afirma. “É um  trabalho de coletar o material pós-consumo, separar, limpar, reprocessar, obter matéria-prima passível de constituir um produto de qualidade”.

Com a presença na reunião do secretário da Fazenda do Estado, Cleverson Siewert, Schmidt defendeu um incentivo tributário. “Este produto que estamos coletando já foi tributado, ou seja, está sofrendo uma bitributação; é um processo oneroso, complexo, que envolve uma longa cadeia”. O empresário entende que repensar essa cadeia tributária é uma política pública de incentivo. 

Schmidt preside a Termotécnica, indústria com sede em Joinville e unidades no Paraná, São Paulo e Amazonas. É uma das maiores transformadoras de EPS (isopor) da América Latina e produz embalagens industriais para linha branca, conservadoras para transporte de frutas e verduras e de proteção e acondicionamento de vacinas e medicamentos. Desde 2007, a indústria já reciclou mais de 44 mil toneladas de isopor e tem o propósito de até 2030 reciclar 25% do material que coloca no mercado, seja com ações diretas ou com ajuda de parceiros.

Serviços e consultorias dos Institutos SENAI

  • Gestão e eficiência energética
  • Energia Solar Fotovoltaica
  • Energia eólica de eixo vertical
  • Armazenamento de energia
  • Tração e mobilidade  elétrica
  • Diagnóstico de maturidade ESG
  • Emissões atmosféricas e Inventário de GEE
  • Estudo de Dispersão Atmosférica
  • Inventário de recursos hídricos
  • Investigação de áreas contaminadas
  • Valoração de resíduos
  • Novos modelos produtivos
  • Redução de Hora/Homem exposto ao risco
  • Novos materiais e aplicações
  • Inteligência Artificial
  • Bioinformática
  • Biologia Molecular e novos alimentos
  • Qualidade e aplicações da madeira


Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

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