Referência em governança corporativa, Grupo CRH detalha estrutura dos conselhos

Florianópolis, 5.10.2022 - A Academia FIESC de Negócios recebeu nesta quarta-feira (5) o empresário Felipe Hansen, presidente da holding que controla o Grupo Tigre. Ele, que pertence à terceira geração, detalhou a organização da estrutura de governança corporativa da companhia, que inclui conselhos de família e de administração, além de executivos e mentores. O tema norteia as atividades do terceiro módulo da formação executiva voltada à sucessão nos negócios, promovida pela academia de negócios da FIESC. 

A Tigre é uma multinacional de Joinville que oferece soluções para construção civil, como tubos e conexões, fundada em 1941 por João Hansen Junior, que foi sucedido pelo filho Carlos Roberto Hansen, mais conhecido como Cau Hansen. Em 1994, ele morreu em um acidente aéreo e a mãe de Felipe, Rosane Maria Fausto Hansen, assumiu o conselho da empresa. “O conselho fortalecido foi essencial para que a minha mãe pudesse conduzir os negócios da família na ausência do meu pai”, relata Felipe, que assumiu o conselho em 2015. Antes disso, ele transitou por diversas áreas do grupo absorvendo detalhes da operação. 

Em sua gestão, a empresa passou a ser reconhecida pelo seu modelo de Governança Corporativa, além de experimentar uma nova fase de crescimento, com importantes movimentos: a criação da Juntos Somos Mais, parceria com Votorantim e Gerdau em 2019; a aquisição em 2021 da Dura Plastic, importante player americano; e a capitalização da empresa, com a emissão de debêntures em novembro de 2021, além de, num movimento estratégico, realizar a venda de 25% da participação do capital, em fevereiro de 2022. De acordo com Felipe, a próxima geração, que começa a ser preparada para dirigir a companhia, tem entre 13 e 23 anos e já é acompanhada por mentores.

Na avaliação do executivo, um CEO tem que trazer o time junto e ser inspirador. “Trouxemos um profissional de fora, com o apoio de um headhunter. Eu buscava pessoas com experiência que pudessem elevar a Tigre a outros patamares. Contratei um profissional com experiência internacional, que pegou um ‘livro em branco’ para poder trabalhar. E deu certo”, conta. 

A internacionalização do mercado e a gestão profissional trouxeram sofisticação à governança do grupo, segundo Felipe. “Fomos a primeira empresa brasileira a ter uma fábrica fora do Brasil. Implantamos uma unidade fabril há 45 anos, no Paraguai, em sociedade com uma família que segue no comando até hoje”, disse. 

▶️ Veja também: Hansen foi um dos homenageados este ano da Ordem do Mérito Industrial. Assista e saiba mais sobre o empresário.

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Richard Doern, diretor corporativo para 18 empresas e presidente independente do conselho de sete delas, conduziu as atividades do terceiro módulo, abordando estratégias de fortalecimento do conselho de governança. “Mentores ou conselheiros mais experientes podem atuar profissionalizando CEOs que não são membros da família, mas sim profissionais trazidos do mercado, por exemplo”, explicou o especialista. 

A conselheira consultiva do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Silvia Marafon, falou sobre diversidade no conselho de governança. “O conselho de governança deve levar em conta a competência dos seus membros. Se for possível conduzir isso de modo a incluir diversidade de gênero, étnica e outros grupos, é ótimo”, sugere.

O impacto vislumbrado por meio das práticas de ESG, foi abordado por José Monforte. Empresas são geridas para a perenidade e o ESG faz parte disso. “A raíz do ESG está no propósito da companhia, acompanhado por planejamento estratégico. ESG só se instala quando está em todos os processos de decisão da companhia”, diz.

O quarto módulo da formação abordará família e patrimônio e ocorre nos dias 18 e 19 de outubro na Academia FIESC de Negócios, em Florianópolis. 

Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC