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Rede de Monitoramento Cidadão de Florianópolis apresenta retrato da sustentabilidade urbana

Resultado da pesquisa, que tem apoio da FIESC, mostra a Capital no vermelho em temas como mobilidade e gastos públicos. Para a população, segurança, mobilidade e falta de participação política são maiores preocupações

Florianópolis, 01.12.2017 - A Rede de Monitoramento Cidadão (RMC) de Florianópolis divulgou, no último dia 30, o resultado da coleta de mais de 150 indicadores de sustentabilidade urbana da cidade, coletados junto ao poder público, e também o resultado de sua pesquisa de opinião pública, realizada nos meses de setembro e outubro, com 1021 moradores da Capital. O trabalho resultou em dois relatórios que apresentam um retrato de Florianópolis sobre temas como segurança, mobilidade, educação, saúde, a qualidade de seus espaços públicos, entre outros assuntos. Os documentos foram entregues à Prefeitura Municipal de Florianópolis e estarão disponíveis para download nos próximos dias.

Indicadores e pesquisa são ferramentas complementares

O trabalho de monitoramento da RMC Florianópolis tem como ponto de partida o acompanhamento de indicadores levantados em 2014, quando o Projeto Cidades Emergentes e Sustentáveis reuniu informações para o Plano de Ação Florianópolis Sustentável. Este ano, a rede levantou dados que permitiram traçar uma linha do tempo, com informações sobre o desempenho da Capital nos anos de 2015 e 2016. Já a Pesquisa de Opinião Pública ouviu a população sobre os mesmos temas dos indicadores técnicos, em 36 bairros do município. O objetivo dos levantamentos, divulgados simultaneamente, é fornecer um raio-x dos principais desafios para garantir o desenvolvimento sustentável da cidade, através da correlação entre os dados técnicos e a percepção dos cidadãos.

No levantamento técnico de indicadores, feito junto ao poder público, a cidade levou nota vermelha em mobilidade, em temas como o número de automóveis per capita – 0,45 carro por pessoa (2016) - quando o sustentável seria abaixo de 0,3 - e o espaço dedicado exclusivamente ao transporte coletivo, atualmente inexistente. O número de ciclovias em Florianópolis também é motivo de alerta: no vermelho nos anos de 2014 e 2015, apresentou pequena melhora em 2016, com um total de 18,2 quilômetros, quando o ideal seriam no mínimo 25km. Na avaliação do tema mobilidade, a opinião pública se queixou do preço das passagens do transporte coletivo, com conceitos ruim e péssimo para 47% dos entrevistados. A quantidade e qualidade das ciclovias de Florianópolis foi avaliada como ruim ou péssima por cerca de 65% dos pesquisados.

Segurança é preocupação

O levantamento técnico de indicadores de segurança coloca Florianópolis no sinal amarelo, com aumento significativo no número de homicídios nos anos de 2015 a 2016, apesar de indicadores como o número de furtos, por exemplo, ainda estarem em níveis aceitáveis. Também foram levantados indicadores como o número de roubos, que oscilou fortemente nos últimos três anos (dados da SSP/SC). O levantamento apontou que o Município não acompanha índices como a taxa de vitimização da população, a porcentagem de cidadãos que se sentem seguros e dados sobre a violência doméstica contra a mulher. Já na pesquisa de opinião pública, se consultados sobre a segurança, mais de 20% dos cidadãos entrevistados declararam que eles ou seus parentes já foram vítimas de algum delito. 81,1% declararam que não se sentem seguros ao andar sozinhos, à noite, pelas ruas de Florianópolis.

Raio-x das contas públicas e queixas sobre a transparência

O nível de acesso às informações que a Prefeitura de Florianópolis fornece ao morador foi considerado ruim ou péssimo por 54,5% dos entrevistados da pesquisa de opinião pública. O indicador técnico “Índice de transparência”, com dados da Escala Brasil Transparente (TCU), aponta que Florianópolis despencou da nota 8,75 (2015) para 2,08 (2016). Os indicadores técnicos apontam que a cidade está no vermelho em temas relacionados à despesa de pessoal, impostos arrecadados sobre o total faturado e gastos operacionais (informações da Secretaria Municipal da Fazenda). Por outro lado, Florianópolis é a terceira melhor capital do Brasil nos indicadores que medem seu nível de receita própria e o nível de dependência de transferências de recursos de outras esferas de governo, como estadual e federal. A fonte é o relatório Finanças do Brasil (FINBRA), da Secretaria do Tesouro Nacional (2016).

A origem dos temas avaliados

Os indicadores e temas relacionados ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de vida dos moradores são originários da metodologia Cidades Emergentes e Sustentáveis (CES), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao qual o município aderiu em 2013. A estruturação da Rede de Monitoramento Cidadão é quinta fase da metodologia CES, e aconteceu em Florianópolis graças ao apoio financeiro do Fundo Socioambiental da Caixa.

Saiba mais sobre a RMC Florianópolis

A Rede de Monitoramento Cidadão de Florianópolis é uma organização independente e apartidária, criada com o objetivo de acompanhar, de forma técnica e imparcial, o desempenho da cidade em questões que impactam sua sustentabilidade e a qualidade de vida de seus cidadãos. Composta por representantes da sociedade civil, setor produtivo, academia e mídia, a RMC também realiza pesquisas e estudos, dissemina informações e análises, e desenvolve iniciativas com diferentes setores da sociedade, por meio de projetos e estímulo à ação política responsável, que promovem a sustentabilidade da cidade. O projeto conta com o apoio financeiro do Fundo Socioambiental da CAIXA e parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento que o Município não acompanha índices como a taxa de vitimização da população, a porcentagem de cidadãos que se sentem seguros e dados sobre a violência doméstica contra a mulher. Já na pesquisa de opinião pública, se consultados sobre a segurança, mais de 20% dos cidadãos entrevistados declararam que eles ou seus parentes já foram vítimas de algum delito. 81,1% declararam que não se sentem seguros ao andar sozinhos, à noite, pelas ruas de Florianópolis.

Raio-x das contas públicas e queixas sobre a transparência

O nível de acesso às informações que a Prefeitura de Florianópolis fornece ao morador foi considerado ruim ou péssimo por 54,5% dos entrevistados da pesquisa de opinião pública. O indicador técnico “Índice de transparência”, com dados da Escala Brasil Transparente (TCU), aponta que Florianópolis despencou da nota 8,75 (2015) para 2,08 (2016). Os indicadores técnicos apontam que a cidade está no vermelho em temas relacionados à despesa de pessoal, impostos arrecadados sobre o total faturado e gastos operacionais (informações da Secretaria Municipal da Fazenda). Por outro lado, Florianópolis é a terceira melhor capital do Brasil nos indicadores que medem seu nível de receita própria e o nível de dependência de transferências de recursos de outras esferas de governo, como estadual e federal. A fonte é o relatório Finanças do Brasil (FINBRA), da Secretaria do Tesouro Nacional (2016).

A origem dos temas avaliados

Os indicadores e temas relacionados ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de vida dos moradores são originários da metodologia Cidades Emergentes e Sustentáveis (CES), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao qual o município aderiu em 2013. A estruturação da Rede de Monitoramento Cidadão é quinta fase da metodologia CES, e aconteceu em Florianópolis graças ao apoio financeiro do Fundo Socioambiental da Caixa.

Saiba mais sobre a RMC Florianópolis

A Rede de Monitoramento Cidadão de Florianópolis é uma organização independente e apartidária, criada com o objetivo de acompanhar, de forma técnica e imparcial, o desempenho da cidade em questões que impactam sua sustentabilidade e a qualidade de vida de seus cidadãos. Composta por representantes da sociedade civil, setor produtivo, academia e mídia, a RMC também realiza pesquisas e estudos, dissemina informações e análises, e desenvolve iniciativas com diferentes setores da sociedade, por meio de projetos e estímulo à ação política responsável, que promovem a sustentabilidade da cidade. O projeto conta com o apoio financeiro do Fundo Socioambiental da CAIXA e parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e tem como agência executora a Baobá – Práticas Sustentáveis.

A FIESC é associada fundadora da Rede de Monitoramento Cidadão, e atua no Grupo Estratégico de Competitividade da entidade.

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