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Florianópolis, 19.8.2016 – O professor de relações internacionais da USP José Augusto Guilhon acredita que no médio e longo prazos o Mercosul deve sofrer esvaziamento. Durante palestra na reunião de diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta sexta-feira (19), ele disse que “o governo Temer herdou uma situação altamente conflituosa, particularmente, no caso do Mercosul, motivada pela suspensão do Paraguai do bloco, durante o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo.
“Houve um golpe no Mercosul, articulado pelas presidentes da Argentina e do Brasil (Dilma), que consistiu em violar completamente os direitos do Paraguai e simplesmente expulsaram o País impedindo-o de participar de uma reunião que deveria julgá-lo”, explicou Guilhon. Se há uma coisa que existe consenso no Brasil entre empresas, governos e academia é que há muito tempo o Mercosul não funciona”, completou.
O professor, considerado um dos principais especialistas do País em política externa, disse que dentro do governo não há consenso sobre essa área. De um lado ainda se fala muito em acordos bilaterais, apesar de todos os acordos bilaterais já terem sido feitos. Também existe a hipótese de o Brasil ter sua política de comércio exterior e investimentos desligada dos acordos. Guilhon ressaltou, contudo, que independentemente das indecisões internas, o Brasil precisa acompanhar de perto os desdobramentos dos acordos Transpacífico e Transatlântico. Na opinião dele, são parcerias que vão demorar para avançar, mas as consequências para o comércio do Brasil e da América Latina serão muito fortes.
Missão à Colômbia: Ainda durante a reunião de diretoria, a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque, Botuverá, Guabiruba e Nova Trento (Sindivest), Rita Cássia Conti, fez um panorama da missão empresarial à Colômbia. A iniciativa foi realizada pela FIESC e CNI em julho e reuniu empresários de 11 Estados brasileiros. O grupo participou da Colombiamoda 2016, a principal mostra de produtos e tendências para confecções, têxteis e moda do País, realizada em Medellín. Também realizou visita técnica à Creytex, empresa familiar fundada há 45 anos. O processo produtivo da companhia integra desde a tecelagem, estamparia, bordado, corte, fabricação até a distribuição dos produtos. “A feira é uma porta de entrada para a Colômbia e região, especialmente porque o país tem amplos acordos internacionais. Foi um aprendizado muito grande visitá-la e ser expositora”, afirmou.
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