Florianópolis, 17.09.2025 - A programação do Seminário Pró-Pesquisa, realizado na FIESC, incluiu um painel que trouxe reflexões sobre o caminho da pesquisa científica até a aplicação prática no mercado. O debate reuniu o pesquisador Renato Simão, coordenador do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, Alex da Penha, do Ministério da Defesa, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, e a especialista em ecossistemas de inovação Aline Figlioli conectando perspectivas da ciência, da indústria e do poder público.
Para Renato, a transformação do P&D em P,D&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação) é decisiva para o sucesso. “Tecnologias bem desenvolvidas são aquelas adequadas ao mercado, que as pessoas desejam e estão dispostas a pagar por elas”, destacou. Segundo ele, o processo de criação passa por gatilhos decisórios, e o profissional que une ciência, empreendedorismo e inovação tem mais chances de se destacar. Renato lembrou ainda que tecnologias como a inteligência artificial generativa, já existente há anos, só se consolidaram ao se tornarem economicamente viáveis.
Já o prefeito Topázio Neto destacou o papel do poder público como impulsionador de ambientes favoráveis à inovação. Ele citou programas como o Floripa Mais Tec, conduzido em parceria com o SENAI, que amplia a formação de talentos e já gera resultados no próprio ecossistema local. O prefeito mencionou ainda incentivos fiscais, a contratação de empresas locais para serviços de tecnologia e a criação de um ambiente aberto ao diálogo com empresários. “Uma cidade inovadora precisa ser boa de se viver, ter conexão com outros lugares e criar espaços onde especialistas queiram vir para discutir inovação”, afirmou.
Aline Figlioli, especialista em ecossistemas de inovação, destacou que a consolidação de ambientes inovadores depende de muito mais do que infraestrutura física. Segundo ela, ecossistemas fortes exigem estratégia clara, governança colaborativa e articulação entre empresas, universidades e governos, com mecanismos de financiamento e políticas que garantam continuidade. Aline ressaltou ainda o papel de incubadoras e parques tecnológicos como nós centrais que conectam atores, fomentam inovação aberta e apoiam startups, lembrando que o verdadeiro diferencial está em criar condições para que a pesquisa se transforme em inovação que atenda às demandas reais do mercado e da sociedade.
Alex Lima Teodoro da Penha, da Assessoria de Ensino e Fomento à Pesquisa do Ministério da Defesa, ressaltou que Santa Catarina é hoje um exemplo nacional em tecnologia, com ecossistemas inovadores conectados à indústria e ao setor produtivo.
Sobre o Seminário Pró-Pesquisa
O Seminário Pró-Pesquisa, realizado pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército (Decex) em parceria com a FIESC, em Florianópolis, busca aproximar a indústria das descobertas produzidas em universidades e institutos de pesquisa, ampliando as possibilidades de colaboração e aplicação prática do conhecimento científico no setor produtivo. Para a indústria, é uma oportunidade de identificar soluções inovadoras, conhecer tecnologias em desenvolvimento e dialogar diretamente com os pesquisadores responsáveis por projetos de ponta.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
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