O País enfrenta o impacto direto que as doenças crônicas trazem à população, principalmente as cardiocirculatórias, câncer e diabetes. Pesquisa nacional estima que 40% dos brasileiros têm alguma doença crônica. De acordo com o INSS, por ano, cerca de 500 mil pessoas são afastadas do trabalho por tempo indeterminado no País, mas somente 50 mil delas têm acesso à reabilitação profissional. Esse cenário traz grande impacto para os trabalhadores, suas famílias, para as empresas e para a sociedade, inclusive com os custos crescentes dos planos de saúde.
Com o aumento das doenças crônicas, a quantidade de pessoas afastadas ou aposentadas por invalidez aumenta. Duas questões devem ser consideradas: a prevenção e o afastamento. Ocorre que a origem da maioria dessas doenças não está relacionada ao trabalho, mas ao estilo de vida. Boa parte poderia ser prevenida com a adoção de bons hábitos, como a prática de atividades físicas e alimentação saudável, além de evitar o tabagismo e o consumo abusivo do álcool.
Em relação aos afastamentos, trabalhadores nestas condições por um longo período de tempo correm o risco de também se desconectarem do mundo do trabalho. Podem sofrer preconceito e perder a autoestima, pois deixam de se sentir úteis à sociedade e até nos próprios lares. Em muitos casos, é difícil romper essa barreira e restabelecer a volta às atividades. A necessidade de recolocar essas pessoas no ambiente de trabalho, com saúde, é urgente. Por isso, a FIESC e o INSS-Nacional acabam de assinar termo de cooperação que visa ao desenvolvimento de ações nesse sentido.
Santa Catarina está trazendo o assunto para o centro da agenda. Um exemplo disso foi o seminário promovido pelo SESI/SC, por meio da Aliança Saúde Competitividade, neste mês de setembro, com a participação de representantes dos trabalhadores, da Universidade, do Ministério Público do Trabalho, do Tribunal Regional do Trabalho e do Ministério do Trabalho. O envolvimento de todos esses atores é animador, pois estamos dando passos decisivos para mantermos os ambientes produtivos cada vez mais seguros e os trabalhadores com mais saúde.
Confira artigo do presidente da FIESC, publicado nos jornais Diário Catarinense e A Notícia nesta quarta-feira, dia 28 de setembro