Em homenagem ao brasileiro Alberto Santos Dumont, que em 19 de outubro de 1901 deu volta ao redor da Torre Eiffel com seu dirigível, comemoramos anualmente, nessa data, o Dia Nacional da Inovação.
Hoje vivemos ciclos mais curtos e as mudanças radicais têm sido mais a regra do que a exceção. O mundo em geral, e os negócios em especial, estão diferentes, com mais incertezas, mais complexos e estruturalmente diferentes. Se, por um lado, isso pode significar ameaças para as operações tradicionais, pode, também, representar oportunidade para as empresas e as transações inovadoras.
Para sobreviver e gerar resultados nesse ambiente, o empresário deve ter habilidade e estar disposto a realizar mudanças constantes na empresa. E o melhor sinônimo para esta estratégia é a inovação, fator crítico para a diferenciação e ganhos de mercado ou, no mínimo, para a sobrevivência em tempos difíceis.
Peter Drucker, já há algumas décadas, apontou que os empreendedores de sucesso são os que praticam sistematicamente a inovação. Segundo o economista Joseph Schumpeter, a inovação vai muito além de uma boa ideia ou invenção, que não são, por si só, de muita importância para a economia. Enquanto não são postas em prática, permanecem economicamente irrelevantes.
Para inovar e manter-se na vanguarda, um bom exercício para as empresas é antecipar a visão do seu futuro. Para isso, devem desenvolver o que poderíamos chamar de as "memórias do futuro", trazendo o cenário desejado para o momento atual e imaginando os passos a serem dados para chegar lá. Todo empresário sabe que gerenciar o negócio é um grande desafio; gerenciar a inovação é um desafio ainda maior. Com o apoio de bons parceiros, o processo pode ser facilitado. Este é um dos focos mais vigorosos de atuação da FIESC e de suas entidades (SESI/SENAI/IEL) para o aumento da competitividade da indústria catarinense.
Os desafios que o País enfrenta, de maneira inédita, dada a confluência de crises econômica, política, ética e social, não afastam a indústria do caminho da inovação. Pelo contrário. Esta é uma das melhores estratégias para preparar-se para a retomada do crescimento. O industrial catarinense está atento a esses desafios. Grandes eventos realizados nos últimos meses, como a Jornada da Inovação, a Bienal do Design e o Encontro Econômico Brasil – Alemanha, evidenciam que não estamos assistindo passivamente o que está acontecendo. Enquanto o governo insiste em medidas que agravam a crise, como a elevação dos tributos, o industrial catarinense procura as melhores alternativas para vencê-la. E vai vencê-la, como ocorreu em outros períodos difíceis, apesar das trapalhadas do governo.
Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado no jornal Notícias do Dia nesta segunda-feira, dia 19 de outubro