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Opinião: Próximo do colapso

Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado nos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina nesta quinta-feira, dia 12 de novembro

A reunião realizada na semana passada em Blumenau, com o Fórum Parlamentar, lideranças políticas da região e autoridades do governo federal, sobre as obras da BR-470 teve um resultado: deixar claro, mais uma vez, que não há no horizonte qualquer perspectiva para que esse projeto fundamental seja concluído em um prazo razoável. Representantes DNIT admitiram publicamente a gravidade da situação. Depois de tantos anos e promessas não cumpridas, essa confirmação só gera novas frustrações. Licenciamento ambiental, desapropriações e, agora, falta de recursos. Os catarinenses seguem ouvindo desculpas.

O Estado merece uma contrapartida mais justa em relação à contribuição que dá ao País.  Em 2014, somente em tributos federais, SC arrecadou e mandou a Brasília R$ 45 bilhões. Em troca, o que temos é que, das 36 obras estratégicas do governo federal acompanhadas pelo Monitora FIESC, 72% têm o prazo expirado ou estão com cronograma comprometido. Assim, o Estado, que tem uma indústria eficiente, perde competitividade, sobretudo da porta das fábricas para fora. Enquanto no resto do País o custo logístico é de 11%, em SC é de 14%. Metade dessa conta refere-se ao transporte. Um exemplo: o veiculo que trafega em estradas que estão em condições ruins, como as BRs 470, 282 ou 280, gasta até 5% mais combustível. As péssimas condições dessas importantes rodovias prejudicam a economia e geram estatísticas de acidentes e mortes que nos envergonham.

Apesar dos esforços de nossos representantes no Congresso Nacional, não temos conseguido avanços substanciais, capazes de mudar estruturalmente a situação. Nossos estudos, cartas, contatos e frequentes reuniões, infelizmente, não têm sido acolhidos. Por isso, precisamos reforçar a mobilização, com ações mais ostensivas e duras junto ao governo federal. Do contrário, obras vitais para o desenvolvimento do Estado, como é o caso  da BR-470 (mas não só ela), seguirão sendo prioritárias apenas no papel. Discursos e  promessas não tocam nem concluem obras, como estamos cansados de saber.

Indústria News

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