O desemprego, a face mais cruel da crise e o erro mais visível gerado pela irresponsabilidade fiscal, requer rapidez, comprometimento e firme vontade política para a sua solução. Para consertar esse mal, temos que agir rápido. Certamente, só quem já perdeu o emprego pode avaliar quão sofrida é a vida nesse período, até encontrar outra ocupação.
O Brasil tem pressa. As empresas precisam voltar a ter liquidez. Necessitam de recursos que não sejam inflacionários e que possam fazer com que a produção retome o ritmo desejado. O investimento empresarial é que gera o trabalho necessitado por quem está desempregado. Como, afinal, ter empregos se não valorizamos e apoiamos as empresas?
O investimento privado requer segurança jurídica e recursos. A segurança tem que ser dada pelo governo, por meio de atos que mirem na direção do desenvolvimento. Que reflitam austeridade e confiança para quem emprega. A geração de emprego é um colchão político necessário para o novo governo e a maior prioridade da sociedade brasileira.
Há recursos, que não são inflacionários, desde que direcionados para ativar o giro dos negócios e criar empregos. São os chamados depósitos compulsórios. A composição do saldo desses depósitos líquidos disponíveis é de cerca de R$ 385 bilhões. Um quarto desse valor, ou perto de R$ 100 bilhões, poderia ser destinado para investimentos e capital de giro, com a contrapartida da reabertura proporcional dos postos de trabalho fechados. Tal medida não prejudicaria o controle fiscal das contas governamentais.
Com vontade política é possível minimizar o drama das empresas que, sem recursos, não podem quitar os seus compromissos e que, sem capital de giro não terão condições de atender a demanda, quando a mesma for retomada, inviabilizando a geração de empregos.
Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado nos jornais Diário Catarinense e A Notícia nesta quarta-feira, dia 8 de junho