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OPINIÃO: Mais indústria, por Mario Cezar de Aguiar

Confira artigo do presidente da FIESC publicado no jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, neste fim de semana, dias 1° e 2 de maio.

Em 2020, apesar da pandemia, Santa Catarina gerou 53 mil novos empregos, sendo campeã absoluta no País, com um terço do total de vagas abertas. Uma das principais explicações para isso está na nossa diversidade e densidade industrial. Somos o estado mais industrializado do País, com 27% do PIB gerado pelo setor. Aqui mais de um terço dos empregos (34%) estão na indústria, e foi justamente o setor, que deu uma forte arrancada no segundo semestre do ano passado, puxando a abertura de vagas, com quase metade do total. Importante lembrar que o segmento paga salários acima da média.

 

O valor da industrialização para o desenvolvimento, que vinha sendo subestimado, ganha força novamente. Conforme estudo da ONU, a indústria de transformação é central para o desenvolvimento devido a três fatores. O primeiro é a maior produtividade, o que se deve ao elevado capital aplicado para a produção em massa. O segundo é a forte ligação da manufatura com outras partes da economia. O crescimento de uma indústria cria demanda adicional por suprimentos e gera oportunidades para outras empresas, garantindo o chamado dinamismo econômico. Em terceiro lugar, a indústria de transformação é a maior fonte de inovações e avanços tecnológicos, que além de tracionarem o crescimento do próprio setor, influenciam os demais. A indústria é responsável por 69% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, conforme a Confederação Nacional da Indústria

 

Isso explica a ascensão econômica e social de países que se industrializaram recentemente, como os do sudeste asiático. Mas no Brasil a participação da manufatura no PIB declina. A indústria brasileira era a 10ª maior do mundo em 2014, e atualmente é apenas a 16ª. Em Santa Catarina, felizmente, o tecido industrial se mantém firme, o que é associado aos resultados do estado, superiores à média nacional nos últimos anos. Da mesma forma, a indústria é a chave para a recuperação no pós-pandemia e o principal “drive” de crescimento do estado. Políticas adequadas, como as propostas no programa Travessia, da FIESC, podem fortalecer ainda mais o setor e, desta forma, socializar os ganhos para todos os catarinenses, na forma de qualidade de vida. Onde tem indústria forte, tem desenvolvimento.

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