Recentemente, o jornal The Washington Post noticiou o lançamento de uma coleção de roupas com capacidade de repelir mosquitos. Novidade norte-americana que no futuro chegará ao Brasil? Não. Tecnologia desenvolvida em Santa Catarina. Nossa indústria participa ativamente de um representativo segmento da nanotecnologia, com adição a produtos tradicionais, como os têxteis, de partículas ou cápsulas, invisíveis a olho nu, com propriedades hidratante, analgésica, antimicrobiana ou retardante de chamas. É assim, também, em outros segmentos tradicionais, como plástico, metálico ou cerâmica.
A indústria catarinense tem entre suas marcas registradas a capacidade de inovação. Num cenário como o de hoje, essa é uma questão que se torna ainda mais importante, pois quem inova entra depois e sai antes da crise. Acontece que a inovação não é um privilégio das grandes empresas. Placas solares que geram, concomitantemente, energia e aquecem água, por exemplo, já existem, mas ainda são caras e podem ser mais eficientes. Com apoio do SENAI-SC, uma pequena empresa de Florianópolis trabalha em versões mais baratas e com melhor desempenho. Também estão em desenvolvimento aplicações sobre superfícies de cerâmica, vidro ou metal, que melhoram o desempenho em relação ao atrito ou desgaste. Nanofissuras em vidros podem aumentar sua resistência. Em recente evento do IEL-SC, a FIESC mostrou um pouco desse potencial da nanotecnologia.
A capacidade inovadora catarinense está amparada no crescente relacionamento entre a indústria e os centros de pesquisa e desenvolvimento. Nesse sentido, os três Institutos SENAI-SC de Inovação e os sete de Tecnologia serão verdadeiros catalisadores, pois estão à disposição da nossa indústria com infraestrutura e know-how para fazer a inovação acontecer. A inovação também é estratégica no campo da saúde do trabalhador, motivo pelo qual o SESI-SC trabalha na implantação de um Instituto voltado para a promoção desse ativo.
A união de esforços convergentes das indústrias, universidades e governo assegurará e ampliará a presença de produtos catarinenses inovadores e de qualidade em todos os cantos do mundo, contribuindo para firmar a marca “made in Santa Catarina”.
Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado nos jornais Diário Catarinense e A Notícia nesta quarta-feira, dia 11 de maio