A superação da violência se dá pela paz, disse o Papa Francisco na mensagem aos brasileiros para a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo lema é “Fraternidade e superação da violência”.
Com menos de 3% da população mundial, o Brasil registra 13% dos assassinatos que ocorrem no planeta, segundo o Atlas da Violência, publicação do IPEA e do Fórum Brasileiro de Segurança.
Por que há tanta violência no Brasil? O que podemos fazer para reduzi-la? Aplicação rigorosa das leis existentes e cadeia seguramente contribuiriam. Mas não bastam. É preciso um sistema de educação de qualidade e que a escola ensine princípios básicos, como a moral e os bons costumes. Como disse Ruth Cardoso, pobreza não é apenas falta de dinheiro, mas também de oportunidades. E, acrescento, oportunidades geralmente surgem para quem está preparado, com bom nível educacional. Oportunidades também se conquistam!
A evasão escolar é uma das raízes da violência no País. A média de estudantes que não concluem o ensino médio é de 41% no Brasil e de 32% em SC. Um jovem fora da lei não percebe que a educação é ponte para uma vida longa, feliz, longe da marginalidade. A educação de forma atraente, que prepare para a vida, é a melhor forma de minimizar esses dois problemas.
Educar para a vida é preparar o cidadão para aproveitar as oportunidades e reduzir a pobreza. O documento SC em Dados 2017, da FIESC, mostra que quem possui o ensino superior recebe, em média, 151% mais do que os que completaram apenas o ensino médio e estes ganham 10% mais que os que concluíram somente o ensino fundamental.
Em setembro de 2017, o Movimento SC pela Educação realizou workshop que mobilizou milhares de jovens, presencialmente e através das redes sociais. Em resumo, os jovens querem pais integrados à vida escolar, professores preparados e uma escola de qualidade que os atraia, envolva e prepare para a vida. Ou seja, uma educação que supere a violência e transforme o Brasil num país melhor. Viabilizar essa condição é nossa responsabilidade!