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OPINIÃO: Cidadania: o exemplo que vem da Ucrânia

Confira artigo do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, publicado no jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, neste fim de semana, dias 5 e 6 de março.

Cidadãos, muitos sem treinamento militar, dispostos a pegar em armas, inclusive improvisadas, cavando trincheiras, para defender, voluntariamente, o seu país. Num conflito em que o poderio bélico pode ser comparado a uma disputa entre Davi e Golias, a invasão do território ucraniano pela Rússia mostrou o brio de um povo que decidiu lutar pelo seu território, pelas suas crenças, pela sua cultura e soberania, mesmo que do outro lado esteja uma potência com poderoso arsenal nuclear.

De onde vem essa força? Independentemente de como terminará o conflito, o exemplo que vem da Ucrânia merece uma reflexão, especialmente no Brasil. Em nosso país, direitos e deveres, questões centrais no conceito de cidadania, nem sempre são avaliados com equilíbrio.

Mesmo as virtudes brasileiras não costumam ser adequadamente valorizadas. Somos um país singularmente multicultural e multiétnico, que é internacionalmente reconhecido pela promoção da paz e do diálogo. Temos riquezas naturais ímpares, território invejável e capacidade para nos tornarmos uma potência econômica internacional.

Mas grande parte dos brasileiros não estão atentos a isso. Muitos precisam conhecer melhor a história do país, saber a letra do hino, respeitar e valorizar mais a bandeira e os demais símbolos nacionais. O patriotismo é algo que precisamos voltar a cultivar e que não está ligado a ideologias de esquerda ou de direita. É, na verdade, um dos amálgamas de qualquer nação, como nos mostram os ucranianos. É hora de resgatar o orgulho de ser brasileiro.

Em outubro teremos eleições. Como poucas vezes na nossa história, elas serão emblemáticas para o futuro do Brasil e constituem um dos principais exemplos da importância do exercício da verdadeira cidadania. É o momento de discutir o país que queremos, as políticas públicas necessárias e para onde direcionaremos os esforços e os recursos de nossa nação.

E, se temos virtudes e potencial, também não nos faltam desafios: tributos, infraestrutura, burocracia, desestatização, educação, saúde e segurança. A nossa guerra não é com mísseis e tanques. É, na verdade, uma agenda que exige a participação consciente do cidadão brasileiro, que é o responsável por preparar dias melhores para as futuras gerações, com oportunidades de ascensão, trabalho e qualidade de vida para todos.  
 

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