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Opções de aumento da renda no campo são apresentados na FIESC

Conselho de Economia da entidade conheceu o projeto Acolhida na Colônia, de estímulo ao turismo rural, e indústria de queijo de alto valor agregado em Paulo Lopes

Florianópolis, 9.3.2016 – Florianópolis, 09.3.2016 - O projeto Acolhida na Colônia, que envolve várias cidades catarinenses, e a indústria Queijo com Sotaque, de Paulo Lopes, foram apresentados na reunião do Conselho de Economia da FIESC, nesta quarta (9). “As duas iniciativas representam alternativas econômicas de pequeno porte, como queijo artesanal de alto valor agregado e turismo rural”, destacou o presidente do Conselho e diretor tesoureiro da FIESC, Alfredo Piotrovski.

Turismo rural
A agrônoma Thaise Guzzatti apresentou o projeto Acolhida na Colônia, criado há 18 anos, como uma opção econômica para os agricultores. Ela salientou que havia um modelo de agricultura familiar em crise (muitos doentes, com baixa escolaridade); em municípios pequenos, sem condições de impulsionar a economia e fora dos principais eixos rodoviários (BRs 101 e 282), infraestrutura básica de péssima qualidade – estradas sem pavimentação,  energia elétrica monofásica – e serviços básicos deficitários (sem telefone, muito menos internet, para receber e confirmar reservas).  Hoje o projeto já está em funcionamento em 25 municípios – em outros cinco há interesse – e atinge mais de 120 propriedades rurais.

“Muitos agricultores já têm no turismo sua principal fonte de renda”, afirmou Thaise. Ela explica que, no modelo gerado, os agricultores obtêm a renda com a hospedagem, alimentação e venda de excedente da produção aos turistas. As refeições são preparadas com produtos da propriedade ou adquirido dos vizinhos. Os agricultores podem participar oferecendo hospedagem ou apenas vendendo produtos coloniais e artesanais. Ela explica que vários agricultores ampliaram seus negócios com turismo a ponto de hoje nem mais se enquadrarem no modelo de turismo rural proposto pelo projeto.

Queijo de alto padrão
A francesa Elisabeth Schobert relatou as dificuldades burocráticas que vem encontrando para obter a documentação sanitária para sua produção. Depois de produzir queijo por 30 anos em seu país, há três anos, ela conheceu e se encantou pela Praia do Rosa, em Garopaba. Resolveu então criar a agroindústria familiar Queijo com Sotaque, que instalou em Paulo Lopes, trazendo as receitas da França. A proposta é produzir queijo de alto padrão e ela recebe pedidos de todo o Brasil, diz que tem condições de triplicar a produção, mas enfrenta dificuldades que limitam a expansão dos negócios.

O diretor técnico do SENAI/SC, Maurício Cappra Pauletti, explicou que a instituição apoiará a Queijo com Sotaque, com a realização de ensaios laboratoriais. Luiz Carlos Régis, professor da Uniplac, observou que as mesmas exigências enfrentadas por Elisabeth Schobert inviabilizaram a produção do tradicional queijo serrano, na Serra Catarinense. 

Já o professor da Universidade Federal de Santa Catarina Hoyêdo Nunes Lins afirmou que cresce na literatura especializada internacional modelos de desenvolvimento regional baseados na ativação e valorização de recursos naturais. Ele citou o exemplo francês do sistema agroalimentar localizado, que valoriza a cultura, o meio ambiente e outros fatores regionais. “Deveríamos criar canais de financiamento capazes de estimular iniciativas desse gênero”, disse.

 

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