Florianópolis, 15.04.2024 - A Visiona comemora nesta segunda (15) um ano do lançamento do VCUB1, o nanossatélite desenvolvido pela empresa para validar no espaço tecnologias espaciais que não podem ser integralmente testadas na terra, com destaque para o sistema de Controle de Órbita e Atitude (do inglês AOCS). Este é um sistema crítico até então não dominado pelo Brasil. Desenvolvido com a participação do Instituto SENAI de Sistemas Embarcados, localizado em Florianópolis, o VCUB1 se tornou o primeiro satélite de observação da Terra e coleta de dados projetado e construído por uma empresa brasileira, utilizando tecnologias que estão no estado-da-arte em satélites de pequeno porte.
“Para o SENAI de Santa Catarina é um grande orgulho ter participado de iniciativa tão importante de uma indústria nacional”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, referindo-se aos desenvolvimentos realizados pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, localizado em Florianópolis.
O lançamento do VCUB1 ocorreu no dia 15 de abril de 2023 na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, através do lançador Falcon 9 da SpaceX. Após o lançamento, o VCUB1 foi levado à sua órbita definitiva pelo rebocador espacial ION da empresa italiana D-Orbit. O translado até o ponto de inserção foi concluído no dia 22 de abril, quando o VCUB1 foi finalmente ativado. Toda a operação de lançamento ocorreu sem contratempos.
Após o lançamento, a Visiona realizou com sucesso testes funcionais de todos os sistemas do satélite validando o seu funcionamento e desde então vem se dedicando ao teste e evolução do software embarcado do satélite. “O VCUB1 vem sendo utilizado como um laboratório no espaço e vem desempenhando esse papel com maestria. Após a conclusão dessa etapa, devemos avançar para a fase de calibração final e iniciar pilotos de sensoriamento e coleta de dados com entidades parceiras”, afirmou João Paulo Rodrigues Campos, Diretor-Presidente da Visiona, que foi criada em 2012 e é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, voltada para a integração de sistemas espaciais e à prestação de serviços baseados em satélites, a companhia atende aos objetivos do Programa Espacial Brasileiro e a demandas de mercado.
Domínio do software embarcado
O VCUB1 foi construído a partir do moderno conceito de satélite definido por software e é capaz de ser completamente reconfigurado em voo. Desta forma, a Visiona é capaz de evoluir o software do satélite mesmo após o lançamento corrigindo erros, adicionando novas funções e desenvolvendo novos produtos. Na missão estão sendo testados os sistemas de Controle de Órbita e Atitude (do inglês AOCS), de Gestão de Dados de Bordo (do inglês OBDH) e de comunicação e coleta de dados.
O domínio do software embarcado é fundamental para uma empresa integradora de satélites pois permite o projeto e integração dos satélites de forma independente e a otimização das missões, extraindo o melhor de cada artefato. “O desenvolvimento do sistema de Controle de Órbita e Atitude em particular é um divisor de águas na história da indústria espacial no país”, disse Himilcon de Castro Carvalho, Diretor de Tecnologia Espacial da Visiona. “O plano é utilizar as tecnologias em novas missões baseadas no VCUB1 e no satélite SatVHR, o primeiro satélite de observação da Terra de altíssima resolução do país que estamos desenvolvendo com apoio da FINEP”.
O VCUB1 está equipado com uma câmera de alta resolução projetada no Brasil pela empresa OPTO e é capaz de fazer a coleta de dados hidrometeorológicos e outros tipos de dados. O sucesso da missão marca a capacidade da Visiona em projetar e construir satélites de alto desempenho e a qualifica para alçar voos ainda maiores.
Curiosidade
Quer saber como foi o lançamento do VCUB1? Clique aqui e assista a simulação de lançamento e entrada em operação do satélite. Para relembrar o lançamento do VCUB1 direto da Base Aérea de Vandenberg, clique aqui.
Parcerias tecnológicas
O projeto conta com uma extensa rede de parceiros institucionais e tecnológicos na construção do satélite e no desenvolvimento das aplicações, além de várias empresas da base industrial brasileira como a OPTO, a AMS Kepler, a Metalcard e a Orbital Engenharia, SENAI/SC, entre outras.
O projeto contou com o apoio financeiro da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados.
Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia
O SENAI possui, em todo o país, uma rede de 27 institutos de inovação (sendo três deles em SC) e 62 de tecnologia, dos quais sete no estado catarinense. A atuação desses institutos está focada em pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação, consultorias e testes e ensaios metrológicos acreditados para aprimorar e desenvolver processos e produtos industriais. Clique nos links para saber mais sobre:
- Rede SENAI de Inovação e Tecnologia em Santa Catarina
- Institutos SENAI de Inovação no Brasil
- Institutos SENAI de Tecnologia no Brasil
- Plataforma de Inovação na Indústria
Com informações da Visiona
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - GECOR