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Na FIESC, Embrapii promete agilidade na avaliação de projetos

Com menos de 2 anos de operação, entidade já contratou 143 projetos para a indústria que totalizam R$ 245 milhões. Resultado é fruto do modelo enxuto, ágil e com redução de riscos

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Florianópolis, 31.10.2016
– Com menos de dois anos de operação, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) contratou 143 projetos de inovação para a indústria que totalizaram R$ 245 milhões em investimentos nos setores tradicionais e de alta tecnologia. O diretor-presidente da instituição, Jorge Almeida Guimarães, atribui os resultados ao modelo da entidade, que, segundo ele, é enxuto e ágil, focado na redução de custos e riscos. Os dados foram apresentados em seminário que debateu a inovação e o futuro da indústria, iniciativa da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e da Embrapii. O encontro contou com a presença de mais de 150 empresários e especialistas da área de diversos Estados, e foi realizado em Florianópolis, nesta segunda-feira (31).

Guimarães explicou que a Embrapii financia, em média, um terço dos projetos com recursos não reembolsáveis, medida que diminui o custo e o risco para a empresa, que arca com cerca de 45% do valor do projeto. Outros dois terços são negociados entre a indústria e uma das 28 unidades e polos da Embrapii, espelhados por todo o País e preparados para receber as demandas do setor. Outra vantagem oferecida pela Embrapii é a possibilidade de, a qualquer momento, o empresário poder desenvolver projetos sem a necessidade de esperar a abertura de editais.

“Precisamos colocar o Brasil numa posição de destaque que o País merece e tem condições de fazer”, disse Guimarães, ressaltando que existem competências instaladas em várias instituições, que podem responder aos problemas das indústrias. “As empresas que estão se associando com projetos estão muito satisfeitas. Estamos trazendo elas para esse modelo de operação que é novo, sui generis. Temos 100 empresas envolvidas e não há queixas”, garantiu.

O presidente da Embrapii explicou que há um contrato de gestão firmado pelo período de seis anos, com um orçamento de R$ 1,5 bilhão para investir em projetos de inovação. “Se não der certo, fecha”, declarou, lembrando que a instituição trabalha com recurso público, mas quando o dinheiro é repassado à Embrapii, se torna privado. Com isso, a entidade não segue o mesmo rito burocrático de outras entidades públicas de pesquisa.

Na abertura do encontro, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, fez um panorama da inserção brasileira na indústria 4.0 e destacou o esforço do País na área, puxado por um conjunto de instituições públicas e privadas. “A indústria está passando por um grande processo de transformação em todo o mundo, baseado na digitalização, em sistemas ciber-físicos de produção, em novas formas de empresas e de mercado”, disse, ressaltando que os desafios são praticamente imediatos, previstos para ocorrer até 2020.

Em Santa Catarina, a Rede SENAI de Inovação e Tecnologia conta com 10 institutos que atendem as demandas da indústria com soluções em pesquisa aplicada, serviços laboratoriais, consultorias e serviços especializados, focando a competitividade industrial. Em agosto, numa ação pioneira do Estado, foi lançada a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), entidade que reúne a FIESC, empresas de TI, indústrias e instituições de ensino com o objetivo de fomentar a geração de tecnologias integradas e inovadoras, de maneira a inserir o Brasil na indústria 4.0. Atualmente, há pelo menos 70 empresas brasileiras e do exterior interessadas em se associar à instituição.

Segundo Côrte, um dos grandes desafios para o Brasil avançar na indústria 4.0 é a preparação e formação de talentos com competências para essa nova era, também conhecida como quarta revolução industrial ou manufatura avançada. Estudo do Fórum Econômico Mundial estima que 65% das crianças vão trabalhar em ocupações que ainda não existem. “Temos um desafio enorme que se apresenta para nossas escolas e instituições de ensino e também para nossas empresas. O principal critério de competitividade do mundo conectado e de baixo custo são os talentos e os recursos humanos”, disse.

O presidente da FIESC relatou que a indústria tem financiamento e acesso a novas tecnologias, mas a grande dificuldade é ter um banco de talentos com condições de utilizá-las e geri-las. “Estamos diante de um sistema de manufatura baseado na produção em massa, customizada e de baixo custo. Nosso desafio é um sistema de educação em massa, customizada e de baixo custo para que tenhamos condições de qualificar adequadamente nosso pessoal”, finalizou.  

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Sérgio Luiz Gargioni, disse que em Santa Catarina são 4 mil empresas de base tecnológica que empregam 50 mil pessoas e representam 5% do PIB catarinense. Ele chamou a atenção para o papel das fundações estaduais no processo de inovação, especialmente atendendo as demandas locais. “No último pacote de criação de novas empresas que a Fapesc concluiu por meio do Programa Sinapse, das 91 empresas criadas, 55% vieram de teses de doutorado concluídas ou em processo de finalização. É uma ciência de boa qualidade que se transforma rapidamente”, disse.

Ainda no evento, a gerente de inovação do BNDES, Luciana Capanema, apresentou as linhas de financiamento que o banco de fomento oferece para todos os portes de empresas e os principais requisitos para acessá-las. Também foram debatidos temas como manufatura aditiva, biotecnologia, automação, materiais e química. Entre as instituições presentes estiveram a Embraco, Grupo Boticário, Agropaulo, UFSC, FEMEC, SENAI, Unitec, Fundação Certi, CPqD, Lactec, IPT e MCTIC.

 

 


 

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