Florianópolis, 8.3.2023 - A participação das mulheres em profissões no mercado da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, STEM, tem registrado aumento desde 2018, quando a presença feminina correspondia a 23,54%, da mão de obra em Santa Catarina. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), esse número avançou para 28,46% de mulheres atuando na área. Os dados foram avaliados pelo Observatório FIESC.
“Com a demanda crescente de profissionais STEM, há muitas oportunidades para as mulheres ocuparem as vagas nesse mercado competitivo. Em 2018, saltamos de 8.044 mulheres para 12.892, em 2021. Isso revela um desafio histórico, que vem sendo superado com a força feminina catarinense em um setor predominantemente masculino”, afirmou a gerente executiva do IEL/SC, Eliza Coral.
De acordo com os últimos dados da RAIS, em 2021, nas áreas STEM, o homem ganha 33% a mais do que as mulheres. Enquanto a remuneração deles gira em torno de R$ 6.908,01, elas ganham R$ 5.170,06. Em 2018, o salário do profissional masculino era de R$ 6.564,78 e o feminino de R$ 5.187,37.
“Mesmo com o aumento da participação das mulheres no mercado STEM, esses números comparativos demonstram que o salário dos homens cresceu 5,2% e o das mulheres caiu 0,3%, de 2018 a 2021, um efeito contrário no crescimento da presença feminina nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática”, reforçou a economista do Observatório FIESC, Camila Morais.
Segundo o relatório da UNESCO (2022), alguns fatores impedem as mulheres de seguirem carreiras na ciência, como a falta de conscientização entre as gerações mais jovens sobre o potencial dos estudos STEM, a dificuldade da progressão de mulheres estudantes em disciplinas STEM, que afeta o acesso à cargos de chefia e liderança, além da falta de modelos femininos para mudar os estereótipos e aumentar o interesse nas áreas ‘STEM’, entre outros.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC