Florianópolis, 08.08.2024 - Os portos de Santa Catarina movimentaram mais de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) no primeiro semestre de 2024. O número representa um incremento de 2,7% frente a igual período do ano anterior. Os dados são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Para o presidente da Federação das Indústrias de SC, os números crescentes de cargas portuárias em SC, embora positivos, reforçam a necessidade de uma avaliação criteriosa sobre o futuro das rodovias que dão acesso aos terminais e evidenciam a importância de ações planejadas, e não apenas reativas. “A BR-101, por exemplo, está no limite da capacidade em alguns trechos. Novas obras podem não ser suficientes para acomodar o potencial de crescimento na movimentação portuária. Precisamos planejar o futuro e pensar em uma via alternativa à BR-101”, destaca Mario Cezar de Aguiar.
Portos
A Portonave liderou a movimentação, com 610.676 TEUs de janeiro a junho, o que representou um recuo de 8,8% frente ao mesmo período de 2023. O terminal portuário de Navegantes está em obras desde janeiro, com um dos berços de atracação fechados para movimentação. “Esses números demonstram a eficiência e os ganhos de produtividade que a Portonave vem alcançando, já que perdeu um volume pequeno de cargas mesmo com um dos berços fechados”, destaca Egídio Martorano, presidente da câmara de transporte e logística da FIESC.
As cargas de contêineres movimentadas pelo Porto Itapoá apresentaram aumento de 14,5% no período, alcançando 571.869 TEUs no primeiro semestre. O Porto de Imbituba apresentou um incremento de 60,4%, com movimentação de quase 50 mil TEUs.
Outras cargas
O Porto de São Francisco do Sul, que opera carga geral e granel sólido, cresceu 16,1% no período. O volume movimentado alcançou 8,77 milhões de toneladas nos primeiros seis meses do ano. O terminal da Transpetro, também em São Francisco do Sul, movimentou 4,45 milhões de toneladas no período.
Desafios
A despeito dos números crescentes, a situação dos portos preocupa a indústria catarinense. Isso porque a competitividade do estado pode estar ameaçada pelas limitações da logística no estado. “Precisamos adaptar nossos portos para que sejam capazes de receber navios maiores, de cerca de 400m. Essa necessidade vai demandar investimentos relevantes, como a dragagem da Baía da Babitonga e também a obra na bacia de evolução do complexo portuário de Itajaí, além da dragagem no canal de acesso”, destaca Martorano.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
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