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Menor demanda interna por insumos industriais afeta produção catarinense em maio

Para a FIESC, o recuo é influenciado pela política monetária mais restritiva, que resulta negativamente na produção de Santa Catarina.

Florianópolis, 18.7.2023 - Em maio, a produção industrial de Santa Catarina recuou 2,7% em relação ao mês anterior, na série livre de efeitos sazonais. Segundo o Observatório FIESC, o desempenho está associado, principalmente, a uma menor demanda por bens intermediários no mercado doméstico, a exemplo de produtos  metalúrgicos e cerâmicos. Apesar da queda agregada no período, o estado teve crescimento nos setores de equipamentos elétricos, de máquinas e equipamentos e de produtos químicos na análise interanual.

Para a FIESC, o recuo é influenciado pela política monetária mais restritiva, que resulta negativamente na produção de Santa Catarina. “As altas taxas de juros praticadas no país têm impactado diretamente as indústrias de bens de capital e de automóveis do país, que demandam grande volume de insumos catarinenses. Além disso, os elevados custos de crédito ao consumidor retraem o poder de compra no varejo brasileiro, refletindo em outros setores, como a indústria moveleira”, ressalta Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a maior queda no estado ocorreu no setor de metalurgia (-24,5%), que possui forte encadeamento com indústrias do Sudeste do país. Também houve recuo na indústria de minerais não metálicos (-13,9%), principalmente devido à menor demanda de insumos para a construção civil em diversas regiões do Brasil.

Em contraste ao recuo desses setores, a indústria catarinense registrou aumento, na análise interanual, na produção de equipamentos elétricos (8,1%), especialmente de eletrodomésticos de pequeno porte, como liquidificadores, batedeiras, torradeiras, chuveiros, entre outros. Esses itens são menos dependentes de crédito e contaram com novos investimentos em plantas fabris no estado.

Outro destaque é a produção das máquinas e equipamentos, que cresceu 6,9%, impulsionada pelas vendas externas, como motocompressores para os Emirados Árabes, bombas de líquidos para o Sudeste Asiático e aparelhos de elevação e máquinas para trabalhar madeira para países da América do Sul.

As indústrias química e de material plástico e borracha também registraram alta, em relação a 2022. “A fabricação de cosméticos, artigos de perfumaria e de higiene pessoal, entre outros produtos químicos, cresceu 6,5%, beneficiada pelas vendas no varejo. Além disso, teve expansão de 5,7% na indústria plástica e de borracha, favorecendo-se do cenário positivo do setor alimentício nacional, da qual Santa Catarina é um dos principais fornecedores de embalagens”, pontuou Marcelo de Albuquerque, economista do Observatório FIESC.

Faça o download da análise do Observatório FIESC.

Desempenho nacional

Esses dados integram a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, produzida pelo IBGE. Segundo o levantamento, na comparação com maio de 2022, a indústria nacional cresceu 1,9%, e as taxas positivas foram verificadas em 12 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses não houve variação, com dez dos 15 locais analisados mostrando resultados negativos. 

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