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Manufatura está se convertendo em "mentefatura", diz Marcos Troyjo

Na abertura do Fórum RADAR, da FIESC, nesta quinta-feira, dia 19, o economista e diplomata salientou que um dos fatores que vai moldar muito a capacidade de neoindustrialização é o capital humano, que se tornou o mais importante fator de produção

Confira a cobertura fotográfica no Flickr da FIESC

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Florianópolis, 19.10.2023 - “A manufatura está se convertendo em ‘mentefatura’. Estamos fazendo uma transição entre aquilo que é feito pelas mãos para aquilo que é feito com a mente - a mentefatura”, explicou o economista e diplomata Marcos Troyjo, na abertura do Fórum RADAR Reinvenção. O evento é realizado pela Federação das Indústrias (FIESC), nesta quinta e sexta-feira, dias 19 e 20, em Florianópolis.

“A neoindustrialização é a neoprodutividade. É como vamos agregar valor e abrir mercado para que possamos, numa economia do século 21, gerar empregos de qualidade, retorno aos acionistas e elevar o percentual da manufatura no PIB brasileiro”, completou, salientando que, um dos fatores que vai moldar muito a capacidade de neoindustrialização é o capital humano, que se tornou o mais importante fator de produção.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, observou que, ao longo dos anos, o Brasil foi perdendo a participação da indústria na produção de riquezas. “A palavra hoje é neoindustrializar, ou seja, é uma nova forma de produzir, com mais sustentabilidade, com empresas mais internacionalizadas, com agregação de tecnologias e também com um novo posicionamento de mercado”, afirmou, destacando que, Santa Catarina sempre teve na indústria o seu grande vetor de desenvolvimento.

“E precisa estar inserida nesse novo conceito. A nossa indústria precisa estar atenta às demandas mundiais e o Fórum vai ajudá-las a se preparar para os desafios e as oportunidades que se apresentam”, declarou.

Política Industrial: missões nacionais para a neoindustrialização

No primeiro painel do RADAR, que debateu o tema “Política Industrial: missões nacionais para a neoindustrialização”, a secretária-executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), Verena Hitner, explicou que o CNDI tem por missão propor a nova política de desenvolvimento industrial.
“Temos tentado construir a neoindustrialização do país. Estamos num momento em que o mundo está voltando a falar em política industrial. Hoje, diferente do que acontecia no passado, não temos vergonha de dizer que é importante fazer política de desenvolvimento industrial. É possível crescer e desenvolver a indústria local”, ressaltou.

Observou ainda que, quando se desenha a política pública a partir da ideia de missão, “se tem certeza absoluta que a indústria é o espaço que ajuda a construir empregos mais decentes, melhora a qualidade de vida das pessoas e gera os transbordamentos que são necessários para o crescimento enquanto país”.

No painel, que foi moderado pelo diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates, o economista-chefe da entidade, Pablo Bittencourt, apresentou a proposta da FIESC para ampliar a diversificação industrial de Santa Catarina. O trabalho, realizado em parceria com a UFSC, propõe estratégias de diversificação para as 20 microrregiões catarinenses, valorizando os setores consolidados, mas propondo um caminho para atrair setores complementares que possam contribuir para o aumento da industrialização local.

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Fiates instigou o debate usando o exemplo dos Estados Unidos com o investimento na missão que levou o primeiro homem à lua. A iniciativa fomentou o desenvolvimento industrial a partir da inovação, graças à existência de um ecossistema, que potencializou o conhecimento gerado neste processo.

Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

 

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