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Mais que reduzir a emissão de gases de efeito estufa, descarbonização gera empregos e desenvolvimento

Afirmativa de especialista foi feita durante evento sobre indústria verde, em Blumenau; palestras também alertaram para a ocorrência de greenwashing, “maquiagem verde”

Blumenau, 27.6.2024 – Além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE), e mesmo com a elevada demanda por investimentos, a descarbonização pode trazer outros benefícios sociais, como o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. A afirmação foi feita pelo especialista em serviços tecnológicos do Instituto SENAI de Santa Catarina, Charles Leber, durante o evento ‘Indústria Verde: cultivando a economia do futuro’, realizado nesta quinta (27), em Blumenau. 

“Se fosse possível gerar biogás de todos os resíduos orgânicos que nós temos no estado, seriam gerados 37 mil empregos”, exemplificou Leber. “Sempre têm mais benefícios associados”, completou. 

O evento foi promovido pelo Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental, com o objetivo de discutir estratégias de sustentabilidade que podem ser adotadas pela indústria. A programação foi dividida em dois momentos: pela manhã, foi realizado um ciclo de painéis que discorreu sobre temas relacionados a descarbonização dos setores industriais, a circularidade dos resíduos e as estratégias que geram valor na agenda ESG. No período da tarde, palestrantes e público participaram de uma mesa redonda no auditório do SENAI Blumenau sobre “Os caminhos para a sustentabilidade industrial”. 

Maquiagem verde

O ciclo de painéis teve início com a fala de Pedro Guilherme Kraus, CEO da LuxCS, a primeira certificadora de créditos de carbono do país. Como o título “O papel dos créditos de carbono no contexto da jornada de descarbonização”, o empreendedor e doutor em engenharia de produção destacou os passos que precisam ser seguidos pelas empresas rumo à redução da pegada de carbono, da ideia à compensação, e destacou a relevância dos créditos de carbono neste contexto. 
“Falar qual é a meta e ter um inventário (de emissões) não é uma ação, é preciso fazer muito mais do que isso”, observou Kraus. Ele alerta para a prática de greenwashing, expressão que significa “maquiagem verde”, em que uma atividade ou evento é anunciado como de “carbono neutro”, mas as práticas são insuficientes para a neutralização efetiva das emissões. Em muitos casos, as emissões indiretas não são contabilizadas. 

Kraus destacou ainda a compensação de carbono com a utilização de créditos como um dos formatos mais eficazes, considerando que a meta de “carbono zero” é muito complexa, pois toda ação humana gera alguma emissão. “Tem um grupo que diz ‘pare com todas as fábricas’ e, de fato, se você parar todas as indústrias não vai ter emissões, mas não vai ter empregos, não vai ter crescimento econômico, não vai ter arrecadação de impostos. Então, usar créditos de carbono, é mais do que uma medida, é uma compensação muito eficiente”.

Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia

O SENAI possui, em todo o país, uma rede de 27 institutos de inovação (sendo três deles em SC) e 62 de tecnologia, dos quais sete no estado catarinense. A atuação desses institutos está focada em pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação, consultorias e testes e ensaios metrológicos acreditados para aprimorar e desenvolver processos e produtos industriais. Clique nos links para saber mais sobre:

 

Com informações da Presse Comunicação

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - Gecor

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