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Livro aborda uso da bracatinga como fonte de renda no campo

Com o apoio da FIESC, publicação foi lançada no dia 30 de março, em Florianópolis

Florianópolis, 1.4.2015 – A Epagri lançou o livro Bracatinga – cultivo, manejo e usos da espécie. A obra foi produzida pela Rede Sul Florestal, que reúne instituições de pesquisa, ensino e desenvolvimento rural, além de órgãos ambientais. O evento de lançamento contou com o apoio da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), e foi realizado no dia 30 de março, na sede da entidade, em Florianópolis.

A publicação reúne texto de 26 autores que discutem a cadeia produtiva da árvore, nativa do Sul do Brasil. A bracatinga é historicamente utilizada como fonte de energia ou para produção de carvão, mas também apoia a produção apícola e pode ser usada na indústria moveleira, entre outros fins. Por se tratar de uma espécie nativa, a legislação restringe sua extração, o que pode provocar seu desaparecimento, já que não existe retorno econômico para o cultivo.

Tássio Dresch Rech, pesquisador da Epagri e um dos organizadores do livro, explica que é importante que a cadeia produtiva da bracatinga ganhe força para que os agricultores familiares do Sul do Brasil possam se interessar pelo sua produção, uma vez que ela não se reproduz espontaneamente. “O bacatingal não surge naturalmente, ele precisa ser cultivado”, explica.

Jorge Zbigniew Mazuchowski, da Emater Paraná, outro organizador dos textos, lembra que a espécie não tem recebido a atenção adequada na política dos Estados da região Sul, o que pode significar a sua extinção no longo prazo. Um dos fatos que ele destaca é a inexistência de um projeto de melhoramento genético da espécie, o que poderia ser feito a curto prazo.

Segundo os pesquisadores, a bracatinga poderia substituir o pinus e o eucalipto, já que se adapta a diferentes climas e, em cerca de 20 anos, está pronta para o corte. Em Santa Catarina, a legislação vem aos poucos se adaptando para permitir o cultivo, manejo e extração controlada da planta, mas no Paraná e no Rio Grande do Sul ainda não há mobilização nesse sentido. O incentivo de sua cadeia produtiva poderia significar uma importante alternativa de renda para produtores familiares rurais da região, garantindo assim renda para a população do campo e a preservação da espécie.

O lançamento da obra contou com a presença do secretárioa-adjunto da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, do diretor de ciência e tecnologia da Epagri, Luiz Antônio Palladini, do deputado estadual Reno Caramori, representando a ALESC, do coordenador de projetos da Fapesc Mario Angelo Vidor, e do representante do Ibama, Gustavo Romero Mainardes Pinto.




Com informações da assessoria de imprensa da Epagri.

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