Florianópolis, 28.08.24 - Um gargalo relevante ao acesso à BR-101 no trecho Norte, a ligação da via litorânea com a Rodovia Antonio Heil (SC-486), está mais perto de ser minimizado. A empresa vencedora da licitação já entregou a documentação necessária, que está sendo analisada dentro dos prazos legais. Segundo o secretário estadual de infraestrutura, Jerry Comper, o passo seguinte seria então a assinatura do contrato para início das obras.
Para o presidente da câmara de transporte e logística da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Egídio Martorano, esta obra é estratégica e relevante para o estado, pois o entroncamento da SC-486 com a BR-101 é um dos desafios para a fluidez e segurança do corredor litorâneo catarinense. Além disso, é um corredor logístico importante para a movimentação de cargas.
Martorano destacou ainda como positiva a decisão da secretaria de manter contratos de manutenção nas coordenadorias regionais do órgão. Comper explicou que o Estrada Boa prevê de um a três contratos deste tipo em cada coordenadoria, dependendo da malha rodoviária de cada uma.
Durante apresentação do panorama das obras do Programa Estrada Boa na reunião da câmara de transporte e logística da Federação das Indústrias de SC (FIESC) nesta quarta-feira (28), o secretário destacou ainda a ampliação dos investimentos no projeto, para R$ 2,9 bilhões.
Na avaliação de Martorano, a despeito dos investimentos previstos para obras estruturantes e de recuperação das rodovias, se faz necessário garantir investimentos na manutenção das estradas depois das obras concluídas. “Essa é uma demanda antiga da FIESC, já que o custo para recuperar uma rodovia que não sofreu manutenções preventivas é 4X superior. Estimativas da FIESC apontam que seriam necessários no mínimo R$ 120 milhões anuais para manutenção preventiva e rotineira, e o ideal seriam R$ 200 milhões”, salientou Martorano.
A entrega da obra da SC-283 também é um dos destaques da apresentação feita na FIESC, na avaliação da câmara. Martorano destaca, no entanto, que demandas relevantes da Federação ainda não foram incluídas no programa, como os acessos ao Porto Itapoá, pelas SC-416 e SC-417.
O analista de comunicação corporativa e relacionamento institucional do terminal, Mario Estevam, também apontou a necessidade de melhorias nas duas rodovias, uma vez que os investimentos na expansão do porto e a crescente movimentação de contêineres vai criar demanda adicional. “Hoje movimentamos cerca de 5,5 mil caminhões por dia. Com o início da operação do porto da Coamo, a expectativa é de que até 2023 teremos cerca de 12 mil caminhões por dia”, destacou.
Comper informou que os projetos de ambas rodovias estão no radar do governo estadual e existem projetos em fase final de discussões com a prefeitura e entidades da região para definir o traçado.
A reunião trouxe ainda uma apresentação das iniciativas que a câmara realizou no primeiro semestre, com destaque para a situação dos portos catarinenses, que foi tema de diversas reuniões. Martorano também detalhou o monitoramento de obras federais em SC e as análises expeditas realizadas no período.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas - GECOR
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