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Jovens abrigados no Alto Vale têm oportunidade de se qualificar para o mundo do trabalho

Termo de adesão da região ao Programa Novos Caminhos foi assinado nesta terça-feira (16) em Rio do Sul pelas entidades parceiras – Tribunal de Justiça, Associação dos Magistrados e FIESC

Rio do Sul, 16.6.2015 - Jovens abrigados em casas de acolhimento do Alto Vale do Itajaí estão integrados ao Programa Novos Caminhos. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), o Tribunal de Justiça (TJSC) e a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), parceiras no projeto, assinaram nesta terça-feira (16) o termo de adesão da região à iniciativa criada em 2012 e que promove a educação, qualificação e inclusão no mercado de trabalho de jovens que estão sob a tutela do Estado, órfãos ou vitimas de violência familiar.

O Programa Novos Caminhos já encaminhou 30 jovens para o mundo do trabalho e atendeu 335 jovens, que participaram do Programa Profissional do Futuro, conduzido pelo IEL/SC e que oferece noções básicas sobre as exigências do mercado de trabalho. Desse grupo, 108 se matricularam em cursos técnicos, de iniciação e de qualificação profissional do SENAI/SC. O SESI também realizou 108 matrículas, na Educação de Jovens e Adultos e em capacitações da Educação Continuada em higiene pessoal, competências para o mundo do trabalho e prevenção ao uso de álcool e outras drogas e a doenças sexualmente transmissíveis. A iniciativa já está em andamento nas regiões de Chapecó, Grande Florianópolis, Blumenau, Joinville, São Bento do Sul, Criciúma, Itajaí, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul, Canoinhas, Lages e Tubarão.

No Alto Vale do Itajaí, a previsão inicial é o atendimento de 23 jovens das cidades de Rio do Sul, Ibirama, Ituporanga, Presidente Getúlio, Rio do Campo, Rio do Oeste, Taió e Trombudo Central. São jovens que estão sob a tutela do estado, órfãos ou vítimas de maus tratos dos pais ou responsáveis. As casas de acolhimento de Santa Catarina abrigam em torno de 1,5 mil crianças e jovens. Desse total, quase 500 têm mais de 14 anos e, assim, podem participar das qualificações oferecidas pelo Programa Novos Caminhos.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, citou pesquisa internacional, realizada pelas Nações Unidas, com 800 mil jovens de todo o mundo, indagando, entre outras questões, quais são as prioridades dos governos em relação à juventude. “Em primeiro lugar, os jovens disseram que desejam educação de qualidade, em segundo lugar um governo que dê respostas e, em terceiro lugar, a saúde”. Por isso, salientou, “temos que fazer um grande esforço para melhorar a qualidade da educação no País”, disse.

“Temos uma preocupação de qualificar os jovens para o novo mundo do trabalho e, mais do que isso, formar bons cidadãos, preparando os estudantes para exercer a cidadania”, acrescentou Côrte. Ele ressaltou que os cursos da instituição também oferecem noções de responsabilidade social, integridade e ética.

Ele citou o Movimento A Indústria pela Educação, lançado em 2012 pela FIESC, como exemplo de iniciativa voltada à melhoria da educação. Côrte citou as bandeiras eleitas pelo Movimento – a família, em 2014; os jovens, em 2015; a gestão em 2016 e o professor, em 2018. “Estudo feito pelo Instituto Ayrton Senna em escolas do Rio de Janeiro demonstrou que os alunos cujas famílias dão um mínimo de atenção para a vida escolar dos filhos têm um rendimento quatro meses superior aos dos colegas que não têm a mesma atenção familiar. E não precisam ser especialistas, basta serem pais”, explicou.

O prefeito de Rio do Sul, Garibaldi Antônio Ayroso, o promotor Ernani Dutra e o Corregedor-Geral de Justiça de Santa Catarina, Luiz César de Medeiros, destacaram os programas educacionais das entidades da FIESC. “Acompanho o que a FIESC faz no campo educacional. E cada vez que o doutor Côrte fala em educação, seus olhos brilham”. Para o desembargador, a motivação do presidente da FIESC com o assunto se reflete nas ações da entidade. São exemplos, segundo ele, de “educação com efeitos concretos, não apenas uma retórica”, afirmou. 

A 1ª vice-presidente da AMC, Jussara Schittler dos Santos, lembrou que se a criança está sob a tutela do Estado, teve alguma ruptura familiar. “Elas estão fragilizadas. Se não dermos esta oportunidade de educação e profissionalização, quando eles completam 18 anos correm o risco de serem abraçados pelo crime”. Na opinião dela, “o programa oferece a oportunidade para que esses jovens aspirarem uma vida melhor”. 

“Este é o início de um trabalho em favor de jovens que não têm amparo e que precisam de um futuro. As indústrias, os sindicatos e as entidades da FIESC estão empenhados e farão todo o possível para que o programa tenha pleno sucesso no Alto Vale do Itajaí”, afirmou o vice-presidente regional da FIESC, Lino Rohden.


FIESC - Imprensa
Ivonei José Fazzioni
48 3231 4673 - 8421 3600
ivonei@fiesc.com.br

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