Jaraguá do Sul tem a terceira unidade do SESI Matemática em SC

Jaraguá do Sul, 9.4.2015 – O SESI, entidade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), entregou na noite desta quinta-feira (9), em Jaraguá do Sul, a terceira unidade do SESI Matemática em Santa Catarina. O ambiente alia modernas práticas educacionais a recursos tecnológicos, como games online, para o ensino da disciplina. O programa, por meio de uma metodologia desafiadora, lúdica e divertida, mostra como resolver problemas de maneira dinâmica mantendo o estudo dos conceitos da disciplina. A iniciativa irá beneficiar 1,3 mil trabalhadores que frequentam cursos de educação básica voltados para jovens e adultos na unidade de Jaraguá do Sul.

Na solenidade de entrega da unidade, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrou que o novo espaço é mais uma iniciativa dentro dos esforços das entidades da Federação para melhorar a qualidade do ensino básico, que é pré-condição para os trabalhadores terem também um bom desempenho nos cursos técnicos. “A educação tem um grande impacto na vida das pessoas, inclusive para distribuição de renda. No Brasil, um ano a mais de escolaridade repercute positivamente, em média, em 15% na renda do trabalhador”, disse. A educação também promove melhoria em todo o ambiente da via familiar, como na saúde, no relacionamento com os filhos, na renda e na geração do emprego, acrescentou.

A implantação do SESI Matemática está relacionada com a necessidade de reverter a dramática situação educacional dos brasileiros e catarinenses em relação à disciplina, disse o superintendente do SESI, Fabrizio Machado Pereira. “Dentre os estudantes que concluem o ensino médio no País, apenas 11% obtiveram aprendizado compatível com o que se espera da disciplina no final do curso”, afirmou, referindo-se a dados do Anuário Brasileiro de Educação Básica.

O vice-presidente regional da FIESC Célio Bayer destacou a importância do SESI Matemática para o ensino de jovens e adultos na unidade de Jaraguá do Sul, onde 43% dos trabalhadores da indústria não possuem o ensino básico completo. “Estamos fazendo um grande esforço para mudar essa realidade e em 2014 tivemos 2,1 mil alunos na modalidade de Educação de Jovens e Adultos”, afirmou. Ele lembrou ainda que grande parte dos trabalhadores que se formaram nesses cursos estão fazendo cursos técnicos ou cursando faculdade, inclusive passando no vestibular.

O programa

Desenvolvido pela FIRJAN, o projeto inclui kits com materiais didáticos e bibliografia básica; formação continuada de professores; sistema de avaliação e acompanhamento pedagógico. O SESI Matemática tem como diferencial o foco no uso de novas tecnologias em conjunto com aquelas utilizadas em uma sala de aula tradicional. O professor tem a sua disposição tanto um quadro branco, para explicações e registros, como também uma lousa digital com internet e suporte para interatividade. Dessa forma, é possível apresentar vídeos com exemplificações de conceitos, acessar softwares e plataformas de games MangaHigh.

O projeto começou na unidade escolar de Criciúma, atendendo 90 estudantes das séries finais do ensino fundamental e cerca de 580 trabalhadores que frequentam os cursos de educação básica para jovens e adultos. Na Grande Florianópolis, alunos do programa de inclusão também participam das atividades do SESI Matemática. As regiões do Vale do Itajaí Mirim, Meio Oeste, Joinville, Oeste e Extremo Oeste também serão contempladas, beneficiando mais 4,2 mil estudantes. As regiões do Vale do Itajaí, Alto Vale, Serra e Planalto Norte também participarão da iniciativa com o kits itinerantes.

Debate – Após a entrega do espaço SESI Matemática, foi realizado debate sobre a educação de jovens e adultos no Brasil, com a participação da professora Maria Clara de Pierro, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Especialistas debateram também a situação do ensino voltado a jovens e adultos em Santa Catarina.

O tema integra a agenda de promoção do desenvolvimento profissional, uma das metas do Movimento A Indústria pela Educação, que pretende, até 2017, ter 63% dos trabalhadores do setor com escolaridade básica completa.