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Investir em inovação e no trabalhador é a chave para acelerar fim da crise, defende Côrte

Em São Miguel do Oeste, presidente da FIESC propõe que empresário não se encolha e busque alternativas, mas sem deixar de reconhecer gravidade do cenário econômico

São Miguel do Oeste, 8.7.2015 – “Se o industrial se encolher e deixar de investir na qualificação, na saúde e na segurança do trabalhador, em novos processos e produtos, ou se deixar de inovar, a crise vai tomar conta do País”, disse na noite desta quarta-feira (8) o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, durante palestra em São Miguel do Oeste. ”Não podemos deixar que a crise roube a nossa esperança num futuro melhor. Temos que fazer um grande esforço para dominá-la e não deixar que ela nos domine. Apesar de estarmos em um cenário de contração,  com queda no ritmo de nossa economia, temos que ser sujeitos de um processo que resulte numa onda positiva de crescimento”, afirmou.

Côrte, contudo, alertou que a gravidade do cenário não pode ser ignorada. “Ninguém aqui está propondo que sejam cometidas loucuras. Não podemos perder a noção de como é crítico o atual momento. Mas temos que fazer um esforço para manter as nossas industrias e as nossas empresas operando. Nada melhor para sair da crise do que a inovação, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, pois isso vai nos dar condições de sair mais rapidamente da crise”, afirmou.

O ano de 2015 tem sido difícil para a indústria catarinense devido a questões ligadas aos ambientes interno e externo. No cenário internacional pesam questões como a redução das exportações para a Argentina, as dificuldades econômicas da Rússia, a alavancagem dos Estados Unidos, a desaceleração da China, o baixo crescimento da Europa e a falta de confiança do investidor externo. No plano interno, Côrte destacou, aspectos como a confiança do industrial na economia e no governo, o encarecimento do crédito, a inflação alta, a queda na produção nacional de veículos, a baixa produtividade e os altos custos de produção, além do ambiente desfavorável à produção, com tributos elevados, legislação trabalhista engessada e infraestrutura deficiente.

Ainda assim, destacou o presidente da FIESC, em diversos indicadores, o desempenho catarinense é melhor que a média nacional, caso do nível de emprego. De janeiro a maio a indústria catarinense gerou 12,1 mil novos postos de trabalho. Embora seja uma queda de 57% em relação a igual período do ano passado, é o melhor resultado do País, onde não houve abertura, mas fechamento de vagas. No atual cenário, a pesquisa de investimentos da FIESC, que prevê investimentos de R$ 2,1 bilhões em 2015 é uma boa notícia, apesar de detectar uma redução em relação ao ano passado, já que a queda poderia ser bem maior, argumentou Côrte.

No evento também foi apresentado o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC), que vai propor ações futuras e promover, no longo prazo, uma dinâmica de prosperidade industrial. Por meio dele já foram realizados 18 painéis e consolidadas as rotas de crescimento de 12 setores produtivos do Estado. Ainda em 2015, o programa irá consolidar estas rotas em um Masterplan, com os principais pontos críticos que afetam o desenvolvimento da indústria em Santa Catarina. Este material irá conter um portfolio de projetos estruturantes, que terão sua execução acompanhada pela FIESC.

Outro assunto foi o cenário político nacional, abordado pelo cientista político Carlos Melo, professor do Insper, professor da PUC e articulista do Estadão.

Indústria News

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