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Florianópolis, 24.3.2017 – Os investimentos no setor de defesa podem elevar a produtividade e a competividade brasileira, disse o secretário de produtos de defesa do Ministério da Defesa, Flávio Basílio, durante reunião de diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta sexta-feira (24), em Florianópolis. “Quando fazemos um panorama do mercado internacional, defesa é um dos principais drivers de crescimento econômico. A nossa falta de conhecimento do segmento de defesa leva a perda de competitividade da indústria em geral”, disse.
O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, disse que a FIESC tem feito um grande esforço por meio do Comitê da Indústria de Defesa de Santa Catarina (Comdefesa) no sentido de aproximar a indústria do Ministério da Defesa. “Em face da nossa diversificação industrial e da qualidade dos produtos, temos amplas condições de sermos supridores das Forças Armadas e podemos orientar as indústrias a se habilitarem para fornecer ao setor de defesa”, afirmou.
O secretário citou como exemplo a Embraer, que na década de 1980 teve um programa militar que do ponto de vista operacional e técnico foi interessante para as Forças Armadas, mas não gerou negócios ou transformou a indústria de defesa do Brasil. No entanto, a tecnologia desenvolvida naquele período permitiu que hoje se tenha aviões voando com a tecnologia full fly-by-wire (transmissão por sinais elétricos, que evita o uso de cabos pesados e reduz o peso do avião). O desenvolvimento desse sistema foi pago por um programa militar e posteriormente ganhou uso em outras atividades econômicas, além de permitir à Embraer exportar a aeronave Legacy, que usa essa tecnologia.
Basílio informou que o governo está mudando a política do setor para tornar o Brasil mais competitivo no mercado internacional de defesa e em breve deve anunciar novidades. Segundo ele, os países têm aumentado o orçamento dos gastos em defesa, e citou México, Suécia e Japão. “Estamos vendo uma instabilidade global crescente e precisamos recompor nossa capacidade militar, que tem que ser entendida como um processo de desenvolvimento de tecnologia que passa pela indústria”, concluiu.
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