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Internacionalização é uma forma de elevar a competitividade do micro e pequeno negócio

Participantes de webinar “A internacionalização como estratégia para aumentar a competitividade dos pequenos negócios perante a pandemia da Covid-19”, promovida pela FIESC e Sebrae-SC, destacaram a necessidade de as organizações se adaptarem à nova realidade econômica

Florianópolis, 23.4.2020 – A internacionalização das empresas vai representar a melhoria de sua competitividade também no mercado interno. Por isso, se torna estratégia fundamental para as organizações, incluindo o micro e pequeno negócio. Esta foi a principal conclusão do webinar “A internacionalização como estratégia para aumentar a competitividade dos pequenos negócios perante a pandemia da Covid-19”, um debate online promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Santa Catarina (Sebrae-SC), nesta quinta-feira, dia 23. Mais de seis mil pessoas assistiram ao evento, que ainda pode ser visto no endereçoo sebrae.sc/webinar-internacionalizacao.


Um dos participantes do seminário online, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que a pandemia do novo coronavírus está provocando transformações radicais em todo o mundo e que este é o momento de as empresas repensarem suas estratégias. Ele salienotu que a falta de uma política industrial no Brasil pode prejudicar o setor em sua retomada. “Santa Catarina é um estado que tem vantagens e está muito mais preparado para ter uma corrente internacional do comércio”, afirmou Aguiar. “Precisamos depender cada vez menos da exportação de insumos e exportar mais produtos manufaturados”, apontou o presidente da FIESC. Ele constata ainda que uma das expressivas desvantagens brasileiras é o Estado obeso, inoperante, com uma carga tributária muito onerosa e que não traz resultados.

O diretor superintendente do SEBRAE em Santa Catarina, Carlos Henrique Ramos Fonseca, lembrou que o segmento do micro e pequeno negócio representa 99% dos estabelecimentos empresariais no estado, responde por 35% do Produto Interno Bruto, mas contribui somente com 2% das exportações catarinenses. “Nós temos que reverter este número. A internacionalização do pequeno negócio está atrelada à melhoria da competitividade e produtividade; quando uma empresa está competindo no mercado internacional, ela ganha competitividade”, salientou. Fonseca observou que uma empresa internacionalizada não necessita obrigatoriamente fazer negócios no exterior. “Ela pode participar da cadeia global de valor fornecendo para outra, que seja exportadora”, exemplificou.

“Temos a sensação de que a vaca foi para o brejo, mas a vaca de todo mundo foi para o brejo; a vaca dos nossos concorrentes no exterior também foi para o brejo”, disse a empresária Maitê Lang, da fábrica de chocolates Nugali, de Pomerode. “Uma das vantagens de ser pequeno ou médio é a capacidade de adaptação, temos a leveza de sermos menores”, acrescentou. A empresária observou ainda que antes da pandemia a participação em feiras e mostras internacionais era um importante fator para as exportações. No entanto, exigia elevados investimentos, o que dificultava a presença das micro e pequenas empresas. Como esses eventos serão cancelados por um período, todas as empresas, de qualquer porte, precisam criar novas estratégias de vendas, o que gera, no entendimento da empresária, uma vantagem aos micro e pequenos empreendedores.

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, é entusiasta da ideia de que a internacionalização tem que ser encarada, por empresas de qualquer porte, como sinônimo de competitividade. “E competitividade é o conjunto de variáveis do ambiente interno de cada empresa, ou seja, seus pontos fortes e fracos, vantagens competitivas, gestão de recursos financeiros, estratégias”. Para ela, a necessidade de redução de custos é cada vez mais incontestável. Além disso, Maitê Bustamante entende que deve ocorrer uma chamada imediata do desenvolvimento de fornecedores do mercado interno. Mas as empresas precisam desenvolver vantagens competitivas sustentáveis ao longo do tempo. “Ninguém vai continuar fazendo negócios como fazia antes, pois o consumidor é outro. A cultura do consumidor se adapta muito mais rapidamente do que a do empresário”, afirmou. “Pensar de forma diferente, significa entender o momento, ter uma visão de futuro entendendo o momento atual”, acrescentou.

O moderador do debate, Filipe Galotti, gerente de internacionalização do SEBRAE-SC, destacou que as duas entidades – FIESC e Sebrae – têm a proposta de unir forças no fortalecimento das exportações de grandes e pequenas empresas do Estado.

Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Indústria News

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