Florianópolis, 25.7.2024 – As 18 indústrias do Distrito Federal que participam o Exporta DF receberam, de 22 a 26 de julho, mentorias individualizadas e visitas de consultoras do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil, Vestuário e Design, de Santa Catarina, para análise dos respectivos processos produtivos. O Exporta DF é um programa criado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) para facilitar a entrada de empresas brasilienses de pequeno porte no mercado internacional.
Essa fase de consultorias e mentoria integra a segunda etapa da trilha do Exporta DF e está focada na adequação de produtos para exportação. As mentorias presenciais foram precedidas, em junho, por encontros coletivos on-line com as consultoras para coleta de informações e escolha do produto-piloto. Agora, cada empresa fará os ajustes recomendados na mentoria para que seus produtos tenham maiores chances de sucesso no mercado internacional. O diagnóstico final será no fim de agosto, encerrando a segunda etapa.
“A gente pensa no processo para melhorar como um todo, não somente em leis, normas, mas em toda a cadeia produtiva, aperfeiçoando acabamento, processo produtivo, auxiliando todo o trajeto do produto”, explica a consultora do Instituto SENAI, Dinara Teixeira.
“Primeiro, mapeamos as dores, as dificuldades das empresas. Fizemos entrevistas, o desenvolvimento de uma coleção e, na visita, o objetivo foi ver a aplicação do conhecimento: como que isso está agregando, o que a gente pode melhorar na qualidade do produto, no desenvolvimento, nas especificações técnicas, nas fichas. Visitando a empresa, vendo isso na prática, a gente consegue ajudar mais”, ressalta a também consultora, Valéria Sousa.
Conhecer os mercados
Uma empresa que recebeu a visita foi a Bambuch, focada na produção de peças “fitness” femininas. “Executamos várias mudanças desde que começou o projeto. Fizemos os cadastros necessários, modificações na parte produtiva, logística, de marketing”, conta a proprietária Edna Pereira Gonçalves, que faz a gestão do empreendimento com o marido, Marcos Paulo de Oliveira.
Para Edna, um dos maiores aprendizados foi que há tecidos que não podem entrar em determinados países. “Então estamos trabalhando na adequação de tecido. Antes não sabíamos que havia essa barreira”, disse. O casal tem como alvo para exportação países da América do Sul, mas também cogita a Índia e Israel.
Documentos de referência
Sob o comando de Luiz Antônio Gomes, a Lago Couture, etiqueta por trás de bolsas de couro, principalmente do peixe pirarucu, também passou pela mentoria presencial.
O empresário se concentra agora na ficha técnica, documento de referência com especificações sobre os parâmetros ideais de qualidade para certo produto, com foco na padronização. “É algo que eu já sabia que existia, tinha estudado, sei como fazer, mas a gente não dá a real importância. Quando a gente vê que isso aplicado no dia a dia da empresa contribui para facilitar os processos, compreende que realmente tem que adotar”, destaca.
O objetivo é levar os produtos da Lago Couture para a Espanha e a Inglaterra. “O produto já está bem evoluído. Claro, ainda vai precisar de adaptações, como uma tag no respectivo idioma, a etiqueta de composição também. Tudo isso eu vou precisar adaptar, mas são coisas pequenas. O produto em si, eu acho que já está bem definido”, diz.
O programa
O primeiro ciclo do Exporta DF atende 18 empresas do setor de moda e vestuário e tem o apoio do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Distrito Federal (Sindiveste-DF). A primeira, iniciada em abril, com seis workshops e elaboração do plano de exportações. A segunda etapa consistiu no desenvolvimento do produto e adequação à exportação. Por fim, haverá a prospecção de negócios. A Fibra conta com parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Universidade Católica de Brasília (UCB), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no DF (Sebrae-DF), Banco de Brasília (BRB), Secretaria de Relações Internacionais do Distrito Federal, Correios e Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia
O SENAI possui, em todo o país, uma rede de 27 institutos de inovação (sendo três deles em SC) e 62 de tecnologia, dos quais sete no estado catarinense. A atuação desses institutos está focada em pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação, consultorias e testes e ensaios metrológicos acreditados para aprimorar e desenvolver processos e produtos industriais. Clique nos links para saber mais sobre:
- Rede SENAI de Inovação e Tecnologia em Santa Catarina
- Institutos SENAI de Inovação no Brasil
- Institutos SENAI de Tecnologia no Brasil
- Plataforma de Inovação na Indústria
Com informações da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - Gecor
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